PPGMUS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA (PPGMUS) ESCOLA DE MÚSICA Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: AISHA LIMEIRA RORIZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : AISHA LIMEIRA RORIZ
DATA : 14/12/2020
HORA: 14:00
LOCAL: VIA PLATAFORMA RNP
TÍTULO:

Meu Cantar de Amor: A doutrina cantada do Mestre Irineu numa perspectiva feminina e nordestina


PALAVRAS-CHAVES:
Canto. Hinos. Santo Daime. Religião. Mulheres e Sagrado Feminino.
Etnomusicologia. 

PÁGINAS: 130
RESUMO:

Através de uma abordagem autoetnográfica, este trabalho apresenta o resultado da  observação participante nos rituais da doutrina cantada do Santo Daime no CICLU-Ba, centro  que segue o trabalho espiritual do Mestre Raimundo Irineu Serra, seu criador. Nesta tradição  musical os hinos não são composições musicais, mas sim cantos "recebidos" do plano espiritual.  O repertório analisado nesta pesquisa contempla os hinários obtidos até a morte do Mestre, em  1971.  

Tendo como marco principal a aparição da Virgem da Conceição, que ofereceu os hinos  primeiramente ao Mestre Irineu e em seguida aos outros(as) daimistas, instituindo assim o  sagrado feminino em seu mito de origem, será analisado o protagonismo das mulheres como  zeladoras desses cânticos e guardiãs originárias dessa tradição musical.  

Buscando compreender as raízes culturais e musicais determinantes para o surgimento  desse estilo de canto, foi realizado um estudo sobre as sonoridades que permearam a vida do  Mestre Irineu e de seus(as) companheiros(as) antes e durante o “recebimento” dos hinos.  Inicialmente foram analisados os elementos musicais de suas origens nordestinas e em seguida,  os da região amazônica, para onde muitos deles migraram em busca de trabalho no início do  séc. XX. Também foram observadas outras influências musicais que, guiadas através da  consciência expandida pela santa bebida, compuseram a cultura acústica dos daimistas  originários.  

O trabalho se fundamenta numa perspectiva da etnomusicologia engajada e sensível ao  feminino, se referenciando em conceitos teóricos brasileiros, como "cultura acústica" de José  Lopes (2004), "teoria nativa" de Tiago Pinto (2001) e trabalhos sobre o sagrado feminino na  música religiosa como Laila Rosa(2009), Kátia Rabelo(2013), Camila Benedito(2019) e Beatriz  Labate (2009). 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FRANCISCA HELENA MARQUES - UFRB
Presidente - 1819741 - LAILA ANDRESA CAVALCANTE ROSA
Externo à Instituição - PAULO ALVES MOREIRA - UFBA
Notícia cadastrada em: 09/12/2020 08:40
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