“JOGA AS ARMAS PARA LÁ, TRAZ A ORQUESTRA” PUBLICIZAÇÃO E RESISTÊNCIA DA OSBA
Gestão. Orquestra. Publicização
Este trabalho é sobre a publicização da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). Trata-se de um de um estudo de caso, com o objetivo de conhecer as transformações ocorridas em uma orquestra sinfônica publicizada. Para tanto, foram consultadas diversas fontes de evidência, tais como os seguintes documentos: Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), Plano Nacional de Cultura (PNC), Lei nº 9.637/98, dentre outros; os registros de arquivos, como os extratos de mídia, contrato de gestão, relatórios trimestrais da Osba à Secretaria de Cultura; entrevistas com diretores artístico, executivo e músicos; e observações diretas nos locais de apresentação da orquestra. A partir daí, os dados foram triangulados para análise. Observou-se que, na década de 1990, o PDRAE apresentou um modelo de gestão denominado publicização, baseado na transferência de gestão de serviços não exclusivos do Estado para as organizações sociais (OSs). Em 2010, o PNC aponta para uma gestão cultural com a articulação entre o Estado e a sociedade civil e o incentivo à adesão de organizações sociais. A publicização é, portanto, um modelo de gestão alinhado aos propósitos do PNC para a gestão cultural, de modo a melhorar a eficiência na prestação do serviço público, inclusive, na atividade orquestral. Os resultados deste estudo apontam que a publicização trouxe transformações à Osba nos âmbitos da gestão, da música e do trabalho.