Banca de DEFESA: ROSA EUNICE ALVES AZEVEDO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROSA EUNICE ALVES AZEVEDO
DATA : 30/06/2020
HORA: 08:30
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

MODELO TEÓRICO PARA INSERÇÃO DOS RISCOS CLIMÁTICOS NO PROCESSO DE GESTÃO DE RISCOS DE CRÉDITO


PALAVRAS-CHAVES:

Riscos Climáticos. Instituições Financeiras. Riscos Financeiros.


PÁGINAS: 139
RESUMO:

 

 Os impactos negativos dos Riscos Climáticos (RC) nas instituições financeiras põem em risco a estabilidade do sistema financeiro. Dada a importância desse setor para a economia, estudos vêm sendo desenvolvidos com a finalidade de reduzir a exposição dessas instituições, bem como desenvolver processos e instrumentos de gestão capazes de contemplá-los, sobretudo no que concerne ao setor bancário. Nesse cenário, esta tese defende a ideia de que, apesar dos avanços dos estudos sobre a relação do setor financeiro com os RC e das considerações desses riscos se enquadrarem como riscos financeiros, os RC ainda não são contemplados pelos bancos em seu processo de gerenciamento de riscos. Daí emergiu a seguinte questão de pesquisa: quais os componentes de um modelo teórico que possa incluir os RC nos processos de gerenciamento de riscos de crédito, tradicionalmente, utilizados pelos bancos? Para validar essa tese e responder a essa questão de pesquisa, foram desenvolvidos dois trabalhos, que juntos formam este estudo: o primeiro deles teve por finalidade analisar o nível de maturidade dos bancos brasileiros para ações voltadas aos riscos climáticos, apresentado no XLIII EnANPAD/2019. Esse primeiro trabalho partiu da adaptação da estrutura do relatório da Associação de Genebra, aplicado por Johannsdottir (2014) às seguradoras nórdicas, destacado em levantamento bibliográfico. Foram selecionados 10 bancos do sistema financeiro brasileiro (os cinco maiores bancos públicos e os cinco maiores bancos privados em volume de ativos), segundo base de dados do Banco Central do Brasil. A coleta de dados foi feita em relatórios de sustentabilidade disponibilizados pelos bancos em seus respectivos sites e resultou na constatação de que, embora os bancos privados apresentem mais comprometimento com questões climáticas que os bancos públicos, ainda há muito a ser feito. O segundo estudo apresenta o Módulo de Apuração do Fator Climático (MAFC). Após revisão bibliográfica, concluiu-se que as estruturas tradicionais, bem como os modelos de projeção de cenários, não são apropriadas à gestão dos RC. O MAFC foi concebido como módulo independente, porém integrado ao sistema tradicional de gerenciamento de risco dos bancos. Nele, os clientes são classificados de acordo com a eficiência das ações de mitigação adotadas, que determinam o nível do ajuste no preço das operações de crédito solicitadas (para mais ou para menos). Este estudo contribui com a redução da exposição aos riscos de transição, na medida em que sua utilização caracteriza prática de autorregulação, contribuindo com uma transição mais suave para a economia descarbonizada, bem como com insights para políticas públicas, e com a legitimação das ações de sustentabilidade dos bancos junto às partes interessadas, na medida em que mostra comprometimento e engajamento com as questões climáticas de forma mais substantiva. Apesar dessas contribuições, o trabalho apresenta como limitação a falta de tratamento estatístico para inplementação do modelo como consequência da falta de dados quanto às emissões dos clientes, bem como sua não aplicabilidade prática, que prescinde de tradução dos procedimentos adotados para linguagem de sistemas de informações para posterior simulação em uma operação bancária real


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ARACÉLI CRISTINA DE SOUSA FERREIRA - UFRJ
Externo à Instituição - FATIMA DE SOUZA FREIRE - UnB
Interno - 2182318 - JOSE CELIO SILVEIRA ANDRADE
Externo à Instituição - MAISA DE SOUZA RIBEIRO - USP
Externo à Instituição - RODRIGO SILVA DE SOUZA
Presidente - 6287538 - SONIA MARIA DA SILVA GOMES
Notícia cadastrada em: 17/06/2020 08:41
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