Banca de DEFESA: TATIANA ARAUJO REIS

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TATIANA ARAUJO REIS
DATA : 16/12/2019
HORA: 08:30
LOCAL: Escola de Administração - sala 18 - 3ª andar
TÍTULO:

AÇÃO PÚBLICA E SUSTENTABILIDADE NO CAMPO DA ECONOMIA SOLIDÁRIA: UMA ANÁLISE À LUZ DA EXPERIÊNCIA BAIANA DOS CENTROS PÚBLICOS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA (CESOLS)


PALAVRAS-CHAVES:

Economia solidária; Políticas Públicas


PÁGINAS: 427
RESUMO:

O tema desta tese é ação pública no contexto da economia solidária. Sendo assim, o objetivo geral do trabalho foi analisar os efeitos da Política Pública de Economia Solidária implementada através do serviço de assistência técnica prestado pelos Centros Públicos de Economia Solidária (Cesol) para a melhoria da sustentabilidade dos empreendimentos econômicos solidários (EES). Por conseguinte, os objetivos específicos são: sistematizar e analisar o Ciclo da Política Pública de Economia Solidária pelo governo da Bahia (2007-2018); sistematizar e analisar informações sobre o Cesol do Território Metropolitano; o Cesol do Território do Piemonte Norte Do Itapicuru, Piemonte da Diamantina e os municípios Monte Santo, Cansanção, Itiúba, Queimadas e Nordestina; e o Cesol do Território de Irecê; discutir os conceitos de economia solidária e sustentabilidade, considerando a perspectiva plural de economia proposta por Karl Polanyi; discutir os conceitos de política pública e critérios de avaliação; analisar os resultados de três unidades Cesol pesquisadas para a elevação da sustentabilidade dos EESs. O estudo se justifica pela potencial contribuição com relação ao objeto da política no que tange a sua relevância social e com relação à natureza da política e seus critérios de avaliação, especialmente no que se refere a sustentabilidade neste contexto. No campo da economia solidária, foram abordados aspectos relativos a origens e contexto, conceitos e práticas, incluindo a temática da economia plural, e principais desafios e especificidades com relação à forma substantiva de gestão e à sustentabilidade (dimensões econômica, social, cultural, política, autogestão e ambiental). Outra temática mobilizada envolve o campo das políticas públicas e critérios de avaliação, co-construção e ação pública. Esta pesquisa é de natureza qualitativa e utiliza três casos de análises dentro do objeto, tendo como fontes principais de informações a realização de entrevistas, grupos focais e análise documental. No conjunto, os resultados desta pesquisa demonstram que a política pública tem um potencial indutor no desenvolvimento e no fortalecimento da economia solidária, mas outros fatores do contexto social, econômico, ambiental, educacional e político influenciam na dinâmica da sustentabilidade das práticas. No âmbito territorial, cada Cesol traz a perspectiva de interiorização da política pública e de se tornar um local de referência e de disseminação da economia solidária no entorno. Seu trabalho tende a contribuir, a depender do contexto, em diferentes níveis, em maior ou menor grau, na elevação sustentabilidade de EES (dependendo também das suas especificidades), como ilustrado a seguir. Na dimensão econômica (componente mercantil), houve avanços com relação à comercialização dos produtos (devido à ampliação dos canais de vendas, à maior qualidade e diversificação de produtos, ao fortalecimento de redes etc.), mas, em muitos casos, os ganhos decorrentes dos EES não representam a principal fonte de renda familiar. Na mesma dimensão, subsídios públicos e privados foram identificados. Na dimensão social, o aumento do empoderamento feminino e de jovens são avanços. Na dimensão autogestão, estudos de viabilidade econômica, atividades de formação, intercâmbios e consultorias contribuíram para um maior conhecimento dos membros dos EES. Na dimensão ambiental, elementos como a preocupação com a produção agroecológica e com o tipo de material utilizado na produção artesanal foram identificados. Alguns limites e desafios para uma maior efetividade das unidades do Cesol são: descontinuidade da política; não previsão de investimento em ativos para os EESs nos projetos; lacunas quanto a compreensão acerca da economia solidária entre alguns EES e técnicos; nível insuficiente de participação da sociedade civil para a co-construção da política pública; limitações no acompanhamento das atividades locais por parte da Setre/Sesol; nível insuficiente de articulação e transversalidade da política.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1095733 - GENAUTO CARVALHO DE FRANCA FILHO
Interno - 000.000.000-00 - Philippe Eynaud - PARIS 1
Interno - 1493904 - ARIADNE SCALFONI RIGO
Externo à Instituição - ROBERTO MARINHO ALVES DA SILVA - UFRN
Externo à Instituição - NILTON VASCONCELOS JUNIOR - IFBA
Externo à Instituição - GILDASIO SANTANA JUNIOR - UESB
Notícia cadastrada em: 05/12/2019 10:13
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