Banca de DEFESA: TATIANA APARECIDA FERREIRA DOIN

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : TATIANA APARECIDA FERREIRA DOIN
DATA : 12/12/2019
HORA: 14:00
LOCAL: Escola de AdminiStração - Sala 17 - 2ª andar
TÍTULO:

DESVENDANDO A METAMORFOSE DA ECONOMIA DO COMPARTILHAMENTO: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA PARA A PROPOSIÇÃO DE UM FRAMEWORK INTEGRATIVO


PALAVRAS-CHAVES:

Economia do compartilhamento. Economia colaborativa. Consumo colaborativo. Framework. Revisão sistemática de literatura


PÁGINAS: 186
RESUMO:

A economia do compartilhamento (EC) é um fenômeno que apresenta um crescimento em escala global e vem ganhando grande importância socioeconômica e ambiental na contemporaneidade. A pesquisa sobre esse fenômeno é recente e desafiadora não somente pelas dissonâncias existentes e pela forma difusa como a literatura tem sido construída como, também, por sua natureza multifacetada resultante da amplitude e da complexidade inerentes à multiplicidade das iniciativas que emergem. Assim, o objetivo geral perseguido nessa tese é desenvolver um modelo analítico que abarque as múltiplas faces da economia do compartilhamento e ajude a melhor compreendermos as suas lógicas e formas de manifestação. Nesse encalço, foram definidos os seguintes objetivos específicos: a) investigar sistematicamente a literatura sobre a EC; b) identificar as definições e termos relativos à EC, evidenciando semelhanças e distinções; c) propor uma definição abrangente para a EC; d) identificar as categorizações, tipologias e taxonomias existentes na literatura; e) construir novas categorias e subcategorias a partir do mapeamento das iniciativas citadas; e f) propor um framework integrativo. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa exploratória e descritiva, de abordagem qualitativa, empreendendo uma metodologia constituída de três fases: i) a revisão sistemática de literatura e meta-análise; ii) o mapeamento das iniciativas citadas na literatura e na pesquisa documental; e iii) a pesquisa exploratória no campo como apoio. A busca na literatura se baseou em artigos de periódicos indexados nas bases de dados EBSCO Host, ISI Web of Science, Science Direct, Scielo, Scopus, Spell e Springer e outros trabalhos conforme os critérios definidos, todos publicados entre 2007 e 2018. Foram analisados 138 trabalhos e os dados foram sumarizados por meio da bibliometria. Posteriormente, as técnicas de análise de conteúdo e temática foram utilizadas mediante a criação de categorias a priori e a posteriori e temas emergentes. Os resultados da meta-análise da literatura apontaram para um cenário de pesquisa em crescente evolução. Ao abrir o guarda-chuva dos termos e definições, constatou-se que as similaridades e distinções nas definições se relacionam às restrições ou à atribuição de novas características geradas por tensões e controvérsias, dificultando uma definição homogênea do fenômeno e excluindo algumas iniciativas que poderiam ser consideradas parte da EC. Propôs-se, então, uma definição abrangente buscando uma congruência existente na literatura. O delineamento do framework integrativo se constituiu da organização das atividades de colaboração, compartilhamento, reuso e troca enquanto uma dimensão designada às oito categorizações resultantes da análise. O intuito foi de oferecer uma compreensão holística, abarcando as múltiplas faces, a fluidez e a dinâmica do fenômeno. Como resultado, mostra-se que a metamorfose da EC se revela em um espectro em que os diversos atores sociais se envolvem em diferentes formatos organizacionais que vão desde a orientação aos bens comuns e a descentralização à orientação somente ao lucro e a centralização, culminando, por exemplo, no ativismo social, no hibridismo, na repaginação do mercado e na financeirização das plataformas digitais. Apesar de a EC poder ser empregada como uma alternativa ou uma segunda via para o empoderamento da sociedade, na busca de soluções para uma série de questões econômicas, ambientais e sociais, as conclusões apresentam algumas consequências desmedidas provocadas pela transmutação do fenômeno. Portanto, se a economia do compartilhamento será uma nova síntese socioeconômica onde prevalecerão novas relações sociais de produção e trocas com maior protagonismo do bem comum ou se a cooptação de mercado a transformará em uma nova fase do capitalismo é uma questão que somente o futuro irá responder.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1493904 - ARIADNE SCALFONI RIGO
Externo ao Programa - 2704351 - FABIO ALMEIDA FERREIRA
Externo à Instituição - JEOVA TORRES SILVA JUNIOR - UFCA
Externo à Instituição - JORGE LUIZ DOS SANTOS JÚNIOR - UFES
Externo ao Programa - 3137037 - LUCIANA ALVES RODAS VERA
Notícia cadastrada em: 03/12/2019 08:15
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