PPG-AU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO (PPG-AU) FACULDADE DE ARQUITETURA Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: DANIEL JURACY MELLADO PAZ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DANIEL JURACY MELLADO PAZ
DATA : 31/07/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Sala Congregação
TÍTULO:

“Beira do Mar, Lugar Comum: os primórdios do lazer e bem-estar à beira-mar da cidade do Salvador – séc. XIX”


PALAVRAS-CHAVES:

Litoralização; história urbana; mar; Salvador; litoral; séc. XIX.


PÁGINAS: 562
RESUMO:

A tese parte do fenômeno atual da urbanização de espaços litorâneos em uma sociedade do lazer, ubíquo em todo o Ocidente e importante no Brasil das últimas décadas. Trata-se de investigar seus primórdios em Salvador, a partir da premissa de que foram aproximações distintas e convergentes, à maneira de uma polifonia, com linhas melódicas próprias. Por isso a investigação se inicia com a identificação das atividades que modelaram o litoral oitocentista de Salvador. Para depois compreender como funcionava o mundo dos pescadores, fundamental no abastecimento da cidade e na colonização da beira-mar oceânica, cerne dos festejos religiosos marítimos e lastro do futuro uso balnear. A linha de pesquisa seguinte é a toada das sensibilidades. Primeiro, a dos estrangeiros, residentes e visitantes, em seu apreço ao ambiente costeiro por meio da contemplação, do interesse científico, da escolha como sítio de moradia e de um lazer mais ativo, como excursões e garden parties. Em contraponto, estava a sensibilidade dos luso-brasileiros, nos perguntando se havia algum tipo de apreço paisagístico, como se dava, quais elementos e quais valores mobilizava. E dentro do conjunto do lazer oitocentista em Salvador, enfocando o ócio e lazer das mulheres das classes médias e altas, e a amálgama das formas modernas de entretenimento com aquelas tradicionais. À continuação se investiga o deslocamento estival, base para o veraneio moderno, e o caráter particular das festas populares em Salvador e sua relação com o mar, em romarias e procissões náuticas, e como o “passar as festas” constituiu a forma prévia do veraneio nos arrabaldes litorâneos. Com especial atenção à Península de Itapagipe, principal destino de veraneio na primeira metade do século XIX, onde as festas, em especial o ciclo dedicado ao Nosso Senhor do Bonfim, foi fator crucial na urbanização. Destacada foi a toada dos banhos de mar, reconhecendo os hábitos e habilidades indígenas e dos trabalhadores do mar, questionando se houve um banho lúdico propriamente popular e identificando o banho de mar moderno de cunho mais terapêutico. E a apresentação do discurso médico local, com certa defasagem ao enquadrar em seu corpo teórico próprio os casos empiricamente vividos de sanatórios naturais, e o papel do beribéri na vilegiatura de Itaparica e de sítios de veraneio tradicionais. A pesquisa se encerra por volta de 1860, delineando o que esses primórdios estudados precederam e fundamentaram: uma constelação de localidades, em torno da cidade, porém com maior pujança naquelas litorâneas, e suas atividades durante o verão. Dentro desse quadro, o mar apareceria como parte de um espectro de atividades possíveis, enriquecendo-se com o advento do esporte.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 288004 - LUIZ ANTONIO FERNANDES CARDOSO
Interno - 2315629 - JOSE CARLOS HUAPAYA ESPINOZA
Interno - 223818 - MARCIA GENESIA DE SANT ANNA
Externo ao Programa - 2305125 - ALEJANDRA HERNANDEZ MUNOZ
Externo à Instituição - GINA VEIGA PINHEIRO MAROCCI - IFBA
Externo à Instituição - JOSE SIMÕES DE BELMONT PESSOA - UFF
Notícia cadastrada em: 23/07/2020 18:46
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