PPG-AU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO (PPG-AU) FACULDADE DE ARQUITETURA Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: LUCIA RIBA HERNANDEZ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LUCIA RIBA HERNANDEZ
DATA : 29/09/2023
HORA: 11:00
LOCAL: Ambiente digital
TÍTULO:

Critica à paisagem cultural como estratégia de preservação do patrimônio paisagístico do patrimônio na Costa Rica: políticas e estratégias, o caso da Cidade de Golfito.


PALAVRAS-CHAVES:

paisagem, valor universal, patrimonialização, ambiente, enclave bananeiro


PÁGINAS: 378
RESUMO:

Esta tese se propõe tensionar os discursos e práticas da preservação do patrimônio paisagístico na Costa Rica, a partir de uma crítica à paisagem cultural tal qual tem sido definida pela Convenção sobre o Patrimônio Mundial Cultural e Natural de 1972. Se buscou, a partir da análise crítica do discurso, argumentar a condição colonial do selo Unesco como referente centralizado y universalizado, desde o qual se produzem noções doutrinais sobre o patrimônio e a paisagem. Esta conversação aberta, de base autocrítica, colocou a possibilidade e a necessidade de descentrar a paisagem cultural, o cenário do desenvolvimento sustentável e o aparato político internacional e regional que reproduz os princípios do sistema-mundo, sobre o quais, a Teoria da Preservação ainda se ancora. Esta dependência é demonstrada no conjunto da norma relativa ao ambiente, ao planejamento urbano e ao patrimônio, no qual a paisagem se dilui entre sua dimensão ecológica e cenográfica. Foi na paisagem da cidade de Golfito, localizada no Pacífico Sul da Costa Rica, onde se atravessaram essas miradas, desde a revisão sobre a marca do Enclave Bananeiro da United Fruit Company, estabelecido entre 1938 e até 1985, a identificação das marcas de longa duração presentes, as ativações patrimoniais evidentes nos tombamentos e os relatos sobre a paisagem tropical exuberante emoldurada entre a montanha e o mar, reconstruídos pelo progresso, que romantizam as violências exercidas sobre o território, corpos e memórias. A partir de Golfito, o processo de imaginação sociológica e diálogo multidisciplinar permitiu problematizar o patrimônio paisagístico como dimensão que, carregada de valores próprios da complexidade social, envolve a mudança, manifesta o conflito e as estratégias do uso do território, e que, além das práticas seculares da preservação, serviria como lugar de trabalho participativo para superar a enunciações a respeito da ideia pictórica da paisagem e do patrimônio enquanto dispositivo de poder determinado exclusivamente pela prática, altamente tecnocrática e secular, a maioria das vezes, do tombamento. Finalmente, se discute esta noção, enquanto totalizadora, que permitiria reconhecer, a partir das estruturas locais da administração institucional e das formas de organização da vida cotidiana, as práticas que compõem esse patrimônio paisagístico enquanto imagem heterogénea, em movimento, cheia de disputas e sobre a qual haveria múltiplas versões.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 223818 - MARCIA GENESIA DE SANT ANNA
Interna - 1791731 - ALINE DE FIGUEIROA SILVA
Interno - 3420362 - NIVALDO VIEIRA DE ANDRADE JUNIOR
Externo à Instituição - EVERALDO BATISTA DA COSTA - UnB
Externo à Instituição - ROSA ELENA MALAVASI AGUILAR
Notícia cadastrada em: 25/09/2023 12:54
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