Dos Santos, o motoboy: um proscrito na cidade impossível
Urbanismo. Proscrição urbana. Motoboys. Dromologia. Antiniilismo.
Esta tese aborda a proscrição dos motoboys ao longo da cidade dromológica, o quão a dromologia lhes é, tanto um imperativo hipotético quanto, já em termos antikantianos, um imperativo categórico. Ou seja, o quão ela os subjuga e o quão ela os exponencializa a uma propensão quase que inata. Para tanto, parte-se da situação urbana de um motoboy em particular (Dos Santos), lançando mão da noção de “mônada”; pois assim tão logo poder-se-ia dizer que a cidade de cada um está imbricada na cidade de todos, sendo que, ao mesmo tempo, na cidade de todos a cidade de cada um está também imbricada. A ideia é, então, para além de abordar os motoboys enquanto os proscritos contemporâneos ao longo de uma tal cidade monádica, afinal de contas, uma cidade impossível, ainda evidenciar as potencialidades disruptivas desta imbricação urbana não apenas ante o urbanismo, mas também ante o estado de coisas por meio do qual o urbanismo consolidou a sua episteme.