Banca de DEFESA: CINTIA GLÓRIA LIMA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CINTIA GLÓRIA LIMA
DATA : 15/01/2024
HORA: 14:30
LOCAL: FFCH (online)
TÍTULO:

“PRECISA-SE DE UMA MENINA DE COR PARA OS SERVIÇOS DOMÉSTICOS”: A INFÂNCIA E O MERCADO DE TRABALHO DOMÉSTICO EM SALVADOR (1890-1918)


PALAVRAS-CHAVES:

 Pós-abolição; Infância; Trabalho Doméstico.


PÁGINAS: 140
RESUMO:

O presente estudo teve como objetivo analisar as experiências de meninas no mercado de trabalho doméstico em Salvador, entre 1890 à 1918, buscando compreender as relações entre menores e seus patrões, demonstrando seus protagonismos, as formas de negociação, a subalternização, conflitos e estratégias de resistência em busca de sua própria liberdade e protagonismo. Foi observado que uma série de meninas fugiram das casas em que trabalhavam, algumas com auxílio de seus familiares, outra com o apoio de amigos e outras redes de solidariedade. Buscamos compreender os motivos que levaram a esse gesto de abandono de seus postos de trabalho, e, para isso, foi necessário a realização de um estudo sobre o mercado de trabalho doméstico, destacando como se deu a entrada dessas menores, quais as formas de precarização e exploração da mão de obra delas, entre outros. O estudo desses casos nos possibilita identificar qual o lugar que as meninas ocupavam dentro da sociedade, suas características, suas relações construídas, os vínculos com seus familiares, amigos e relacionamentos amorosos, bem como os lugares em que elas circulavam, seus pensamentos, entre outros aspectos. Essas caracterísitcas presentes nos anúncios de fuga, descritas pelos patrões, demonstram valores e costumes de determinados segmentos da sociedade. Embora a "vida" das meninas esteja regulamentada pelos contratos de tutela e de solada, pelas orientações médicas e jurídicas, ou pelos acordos informais entre a família delas e os patrões, elas fugiam, denunciavam e até arriscavam a própria vida. Isso revela uma contradição nas relações de trabalho estabelecidas  no período do pós-abolição: quando elas fugiam,  provocavam um desarranjo na sociedade e se constutíam  como sujeitos ativos, elaborando  sua própria experiência, a partir de seus gestos de desobediência. Percebemos, nos documentos, a  necessidade que havia de descrevê-las, de singularizá-las, de contê-las. 


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2114914 - IACY MAIA MATA
Interna - 1348217 - GABRIELA DOS REIS SAMPAIO
Externa à Instituição - KARINE TEIXEIRA DAMASCENO - PUC - RJ
Notícia cadastrada em: 01/02/2024 10:46
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