Banca de DEFESA: SUELLEN PINHEIRO CARVALHO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SUELLEN PINHEIRO CARVALHO
DATA : 27/10/2021
HORA: 09:00
LOCAL: IGM Sala Virtual 5
TÍTULO:

BIOMARCADORES GENÉTICOS DE DISFUNÇÃO ENDOTELIAL NA DOENÇA FALCIFORME: ASSOCIAÇÃO COM O PERFIL CLÍNICO E LABORATORIAL


PALAVRAS-CHAVES:

anemia falciforme, hemoglobinopatia SC, parâmetros laboratoriais,
manifestações clínicas, p-selectina, CD40, polimorfismos, haplótipos



PÁGINAS: 200
RESUMO:

INTRODUÇÃO: a doença falciforme (DF) é um grupo de hemoglobinopatias onde a
anemia falciforme (AF), caracterizada pela homozigose HbSS, é a forma mais grave,
enquanto a hemoglobinopatia SC, apesar de menos grave, é a segunda mais prevalente.
As principais manifestações clínicas presentes na DF são decorrentes da hemólise
contínua e do processo inflamatório crônico, levando à anemia e fenômenos de vasooclusão. A vaso-oclusão tem sido associada a presença de hemácia falcizada, e a
ativação de reticulócitos, leucócitos e plaquetas, juntamente com alterações no
endotélio vascular e hipercoagulabilidade sanguínea. Diversos fatores ambientais e
genéticos têm sido associados ao quadro clínico heterogêneo presente na doença.
Portanto, estudos envolvendo genes associados a disfunção endotelial são importantes
para a compreensão da fisiopatologia da DF.
OBJETIVO: identificar biomarcadores
genéticos de disfunção endotelial e associações a dados laboratoriais e manifestações
clínicas em indivíduos com AF e doença SC.
MÉTODOS: foi realizado um estudo de
corte transversal cujos dados clínicos foram obtidos a partir de entrevistas aos pacientes;
as análises hematológicas e bioquímicas foram desenvolvidas por métodos
automatizados; as análises moleculares foram realizadas para determinar os haplótipos
β
S, talassemia α e os polimorfismos SELP (rs6127, rs6131 e rs6136); SELPLG
(rs2228315) ; CD40 (rs1883832) ; e CD40L (rs3092952). RESULTADOS: o primeiro
manuscrito demonstrou que os pacientes com AF exibiram quadro de anemia, hemólise,
leucocitose e inflamação mais proeminente que os pacientes com doença SC, que
apresentaram marcadores lipídicos alterados. A principal causa de internação em ambos
os grupos foram as crises de dor, as quais estiveram asscicadas à contagem elevada de
hemácias em pacientes com AF. A ocorrência de dactilite apresentou frequência
significativamente maior nos pacientes com AF e foi associada ao aumento do RDW,
monócitos e PCR, bem como à terapia pela hidroxiuréia (HU). Pneumonia e STA foram
associadas com níveis elevados de PCR e LDL-C, respectivamente. Nos indivíduos com
doença SC, a história prévia de esplenomegalia foi associada à contagem mais baixa de
plaquetas. O segundo manuscrito demonstrou associação da variante
CD40L
(rs3092952) com a história prévia de crises de dor e dactilite em pacientes com AF.
Além disso, nossos resultados sugerem a associação independente da variante
SELP
(rs6127) com o aumento dos níveis de endotelina 1 (ET-1) e da variante SELP (rs6131)
com níveis elevados de glicose. Também foi reforçado que indivíduos com AF em
terapia com HU apresentaram redução da contagem de monócitos e dos níveis de LDH.
O terceiro manuscrito demonstrou que indivíduos com AF portadores do haplótipo TTC
do gene
SELP apresentaram níveis reduzidos de glicose em comparação com aqueles
com haplótipo não-TTC. Indivíduos com haplótipo TTT apresentaram níveis reduzidos
de colesterol total e LDL-C em relação aqueles com haplótipos não-TTT. Além disso,
foi observado que os indivíduos portadores dos haplótipos β
S CAR/BEN ou CAR/CAR
apresentaram níveis elevados de colesterol total.
CONCLUSÕES : Os nossos
resultados confirmam estudos anteriores sobre as diferenças nos aspectos clínicos e
laboratoriais entre os indivíduos com AF e HbSC. O nosso estudo também confirmou
que a terapia com HU está associada a melhora dos perfis inflamatório e hemolítico; e
que indivíduos com AF portadores do haplótipo β
s CAR/BEN ou CAR/CAR podem
apresentar o perfil clínico mais grave. Além disso, os dados sugerem que variantes nos

genes SELP e CD40L estão associadas a complicações clínicas e marcadores
laboratoriais de vaso-oclusão; e que haplótipos no gene
SELP podem regular
biomarcadores clássicos envolvidos na disfunção endotelial em pacientes com AF.



MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CARMEN SILVA BERTUZZO - UNICAMP
Interna - 796.762.515-34 - JULIANA PERRONE BEZERRA DE MENEZES FULLAM - UFBA
Externa à Instituição - MARIA DA CONCEICAO CHAGAS DE ALMEIDA - Fiocruz-Ba
Presidente - 183.851.845-20 - MARILDA DE SOUZA GONCALVES - UNICAMP
Externo ao Programa - 1221606 - VITOR ANTONIO FORTUNA
Notícia cadastrada em: 21/10/2021 16:12
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