Banca de DEFESA: SELMA SOUSA MATOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : SELMA SOUSA MATOS
DATA : 26/11/2020
HORA: 09:00
LOCAL: Auditório do LASP - IGM/Fiocruz
TÍTULO:

Alterações morfológicas e de populações celulares em  baços de pacientes com formas graves de leishmaniose visceral humana


PALAVRAS-CHAVES:

Leishmaniose visceral; Baço; Plasmocitose; Resposta Imune Ineficiente.


PÁGINAS: 45
RESUMO:

RESUMO

 

 

INTRODUÇÃO: A leishmaniose visceral (LV) está associada a alterações arquiteturais esplênicas e redistribuição de populações celulares envolvidas na resposta imunológica. OBJETIVO: estudar a desestruturação da polpa branca do baço na LV humana e quais são as células e citocinas envolvidas neste processo. METODOLOGIA: Para este estudo, foram analisadas amostras de 10 baços humanos, 7 deles obtidas de esplenectomias em portadores de leishmaniose visceral grave e 3 oriundas de esplenectomias feitas em indivíduos sem leishmaniose. Seis dos 7 pacientes com LV são coinfectados com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), com carga viral indetectável. Na tentativa de avaliar se as alterações observadas em baços em modelos murinos e caninos estão também presentes no baço humano no curso da Leishmaniose visceral, as secções de baço foram marcadas com os anticorpos contra CD3, CD4, CD8, CD20, CD79-α, CD68, Caspase 3, Foxp3, IFNg, IL-1β, IL-4, IL-6, IL-10, IL-17, TGFβ e TNFα. RESULTADOS: Os resultados observados, da comparação entre baços com LV e baços sem LV, evidenciaram plasmocitose na polpa vermelha, hiperplasia ou atrofia e desestruturação da polpa branca, além de redução da população de células T CD4+, aumento da população de linfócitos T CD8+ e redução das células CD20+ na polpa vermelha. Dentre as citocinas, houve redução de IL-10, IL-17 na polpa branca e na polpa vermelha. E, na polpa branca, houve aumento da expressão de TNF, Foxp3 e Caspase3 nos baços com leishmaniose visceral. CONCLUSÃO: Tais achados são compatíveis com uma resposta imune ineficiente frente a uma superexposição antigênica, diante da infecção crônica e/ou da coinfecção LV-HIV, culminando com exaustão, quando as células perdem a capacidade de resposta imune eficiente, com menor produção ou ausência de produção de moléculas protetoras para o hospedeiro e produção de moléculas inibitórias, o que favorece o agravamento da doença. O que vale dizer que a hiperestimulação antigênica crônica leva à ativação persistente, o que determina exaustão do sistema imune.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - KARINE ARAUJO DAMASCENO - Fiocruz-Ba
Interno - 011.952.725-10 - NATALIA MACHADO TAVARES - UFBA
Presidente - 1205225 - WASHINGTON LUIS CONRADO DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 16/04/2020 15:26
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