Banca de DEFESA: LAIANA ARLEGO BARBOSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LAIANA ARLEGO BARBOSA
DATA : 25/03/2019
HORA: 09:00
LOCAL: Instituto Gonçalo Moniz - FIOCRUZ - Bahia
TÍTULO:

ESTUDO DA NECROPTOSE ASSOCIADA AO EIXO RIPK1-RIPK3-MLKL DURANTE A INFECÇÃO DE NEUTRÓFILOS POR LEISHMANIA INFANTUM


PALAVRAS-CHAVES:

Leishmania infantum, Necroptose, Neutrófilo


PÁGINAS: 51
RESUMO:

A Leishmaniose é uma doença infecto-parasitária causada por protozoários do gênero Leishmania e é considerada um problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Apresenta um amplo espectro de formas clínicas, sendo a Leishmaniose Visceral (LV) a mais grave. No Brasil, a LV tem como agente etiológico a Leishmania infantum, sendo caracterizada por febre alta, perda de peso, hepatoesplenomegalia, anemia, leucopenia e hemorragia nos casos mais graves. Os neutrófilos têm demonstrado ter um papel importante na imunopatogênese da Leishmaniose, sobretudo na LV. Sabe-se que diferentes vias de morte celular podem ser ativadas em neutrófilos, influenciando o curso da infecção por diferentes patógenos. A necroptose, uma via de morte programada, é canonicamente ativada em ausência de caspase 8 e possui características pró-inflamatórias. Necroptose tem sido descrita no contexto de diferentes doenças. O objetivo geral desse trabalho foi avaliar o efeito do bloqueio de caspases na via de morte por necroptose em neutrófilos humanos e murinos infectados por L. infantum e seu efeito na viabilidade do parasita. Pacientes com LV mostraram níveis séricos elevados de Lactato Desidrogenase (LDH), característica de dano celular/tecidual. Usando o sistema in vitro de infecção de neutrófilos humanos e murinos com inibidores de caspase, evidenciamos a ativação da via de morte por necroptose com o envolvimento de RIPK1, RIPK3 e MLKL. Em seguida, foi testado o papel da necroptose na carga parasitária de neutrófilos humanos in vitro. O pré-tratamento com inibidores de caspases, seguido da infecção, aumentou os níveis de LDH, a expressão de RIPK3 e MLKL em neutrófilos humanos, ao passo que diminuiu a viabilidade dos parasitas. Esse efeito foi revertido pela Necrosulfonamida (NSA), inibidor farmacológico da MLKL. Em neutrófilos murinos infectados por L. infantum, também observamos o envolvimento de moléculas da via da necroptose, RIPK1 e RIPK3 no controle da viabilidade do parasita. Nesses grupos, neutrófilos pré-tratados com os inibidores de caspases apresentaram níveis elevados de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) e LDH, sugerindo a participação dessas moléculas pró-inflamatórias no controle da infecção. A inibição farmacológica de RIPK1 pela Nec-1 e RIPK3 por GSK'872, reverteu a morte dos parasitas. Por fim, a microscopia eletrônica de transmissão (MET) revelou características morfológicas associadas a necroptose em neutrófilos infectados com L. infantum quando estes foram pré-tratados com inibidores de caspases, enquanto as células infectadas em presença de inibidores da via de necroptose não apresentaram alterações estruturais. Esses dados sugerem que a inibição de caspase 8 em neutrófilos pode contribuir para controle da infecção por L. infantum, possivelmente pelo estímulo de uma resposta inflamatória associada à morte por necroptose.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2516360 - DEBORACI BRITO PRATES
Interno - 796.762.515-34 - JULIANA PERRONE BEZERRA DE MENEZES FULLAM - UFBA
Interno - 546.464.215-34 - JORGE CLARENCIO SOUZA ANDRADE - UFBA
Interno - 011.952.725-10 - NATALIA MACHADO TAVARES - UFBA
Notícia cadastrada em: 11/04/2019 10:46
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