MUDANÇAS TEMPORAIS NA MATÉRIA ORGÂNICA DEPOSITADA NO MANGUEZAL DO ESTUÁRIO DO RIO JAGUARIPE (BA, BRASIL)
n-Alcanos; Matéria orgânica; Manguezais
A Baía de Todos os Santos é a segunda maior baía do Brasil. Em sua região sul, tem-se a presença do estuário do rio Jaguaripe. Esse é um dos estuários mais preservados da região, apresentando extensas áreas de manguezais. Estima-se que esse tipo de ecossistema costeiro tem capacidade de enterrar grandes quantidades de matéria orgânica (MO). Essa MO pode ter fontes autóctones, como a própria vegetação de manguezal e o fitoplâncton, ou alóctones, como a vegetação continental. O entendimento da magnitude e dinâmica dessas fontes se faz importante dentro do contexto do ciclo global do carbono. Sua avaliação pode ser feita através da análise de marcadores orgânicos moleculares, como os n-alcanos. O objetivo do presente trabalho foi avaliar as mudanças temporais na origem da MO depositada no manguezal do rio Jaguaripe (Bahia, Brasil). Para isso, a variação da composição dos n-alcanos (n-C20 a n-C35) foram analisadas em testemunhos sedimentares (n = 5) coletados na região. A análise dos n-alcanos ocorreu através do uso de um cromatógrafo a gás acoplado a um detector de ionização de chamas (CG-DIC). As concentrações de n-alcanos totais variaram de 5.611 a 146.409 ng g-1 em todas as amostras analisadas. Aplicando-se as razões diagnósticas, pode-se observar que as principal fonte de MO para a região altera-se ao longo do tempo, isso se dá por eventos climáticos naturais, que modificam a vegetação ao seu entorno, influenciando assim na MO terrígena depositada. A presente dissertação está apresentada em formato de um artigo científico, que será submetido à Organic Geochemistry (Qualis: A2 [Área: Geociências, Quadriênio: 2013-2016], Fator de Impacto: 3,228). O resumo específico do artigo será apresentado em seu capítulo correspondente.