EFICIÊNCIA DE CONSÓRCIO MICROBIANO DEGRADADOR DE ALCANO DURANTE A BIORREMEDIAÇÃO DE SEDIMENTO DE MANGUEZAL COM PETRÓLEO
Biodegradação. n-alcanos. DNA. Biorremediação. Planejamento fatorial
Atualmente o derramamento de petróleo é a principal ameaça para os manguezais, uma vez que seus compostos são tóxicos e de difícil degradação. Nesse sentido, foi montado um experimento de biorremediação com sedimento do manguezal do rio São Paulo, Bahia - Brasil frequentemente afetado pelo derramamento de óleo. Portanto, este trabalho buscou entender a capacidade dos microrganismos desta região em degradar o petróleo da bacia do Recôncavo. A elaboração do experimento se deu através de um planejamento fatorial, e contou com sete reatores ligados a bomba de vácuo, simulando o regime de maré a cada 6 horas. Os reatores contiveram 400g de sedimento esterelizado, 4g de petróleo bruto e quantidades variáveis de consórcio encapsulado, visando simular o processo de biorremediação em manguezal. O gene alkB, descrito como degradador de n-alcano foi quantificado e comparado com o crescimento microbiano e a razão HTP/UCM durante três tempos do experimento (4 dias, 17 dias e 30 dias). Foram realizadas análises geoquímicas de nutrientes (carbono orgânico, nitrogênio e fósforo) e HTP (hidrocarbonetos totais do petróleo), análises microbiólogicas (enumeração de fungos e bactérias) e análise molecular (Amplificação do gene através da técnica de PCR em tempo real-qPCR). Os resultados mostraram que houve correlação positiva entre o número de cópias de alkB e a degradação do petróleo, e o planejamento fatorial apontou que o tempo exerce influência na quantidade de consórcio, que apresentou maior degradação a partir do décimo sétimo dia de experimento.