Banca de DEFESA: NEILA CALDAS ABREU

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : NEILA CALDAS ABREU
DATA : 30/08/2019
HORA: 14:00
LOCAL: INSTITUTO DE GEOCIENCIAS
TÍTULO:

PALEOAMBIENTE DEPOSICIONAL DE FOLHELHOS DE SEÇÃO NEO-DEVONIANA DA FORMAÇÃO PIMENTEIRAS, BORDA OESTE DA BACIA DO PARNAÍBA.


PALAVRAS-CHAVES:

Geoquímica orgânica, Fácies orgânica, palinofácies, paleoambiente deposicional, Devoniano.


PÁGINAS: 115
RESUMO:

A Bacia Sedimentar do Parnaíba está situada no nordeste brasileiro em maior proporção e ocupa aproximadamente 600.000 km², possui uma espessura de coluna sedimentar atinge cerca de 3.500 m e está distribuído pelos estados do Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins, Bahia e Ceará. Das suas formações, o grande destaque é a Formação Pimenteiras, que foi depositada durante sucessivas transgressões e regressões marinhas durante o devoniano. Durante a deposição dessa formação na idade do Frasniano, houve o evento de anoxía global através de uma grande inundação marinha e um período de extinção em massa na Terra. O presente trabalho tem por objetivo descrever o paleoambiente deposicional de folhelhos de seção Neo Devoniana da Formação Pimenteiras na borda Oeste da Bacia do Parnaíba.
A coleta das amostras foi realizada no município Aparecida do Rio Negro (TO), em afloramentos ao longo da rodovia, onde haviam folhelhos negros e um possível contato entre as Formações de Pimenteiras e Cabeça. A caracterização do ambiente deposicional por geoquímica e palinofácies, permitiram avaliar as condições deposicionais com tendências proximais ao longo da seção estudada.
Os resultados do índice de carbono orgânico total (COT: 0,21 – 2,43%) demonstram baixo a alto potencial de geração de hidrocarbonetos. Os dados da pirólise rock-eval sugerem pouca ou nenhuma geração natural e também imaturidade térmica, apresentando um baixo teor de hidrocarbonetos livres (S1) e baixos valores de Tmáx. Os valores de S2 indicaram baixo potencial de hidrocarboneto.
Os resultados das leituras dos 300 componentes orgânicos em lâminas palinológicas das amostras de folhelhos, apresentam os principais grupos de matéria orgânica: Palinomorfos, Fitoclastos e Matéria Orgânica Amorfa (MOA). Algumas amostras resultaram de deposição em um ambiente com alto potencial de preservação e baixa energia com grande quantidade de MOA, porém com ambiente óxico. Outras amostras apresentaram ambientes próximos a fontes terrestres, com maior presença de esporos e fitoclastos. Um grande número de prasinófita pertencentes aos gêneros Pterospermella, Cymatiosphaera, Durvenaysphaera, Leiosperidia, Tasmanites, Hemiruptia e Maranhites foram identificados, indicando que houve ingressão marinha, afirmando um período de grandes inundações.
A análise dos isótopos de carbono orgânico (δ13C) apresentaram valores que variaram entre -25,9 a -29,5 valores característicos ora de ambiente marinho, ora de ambiente terrestre. Os biomarcadores saturados com distribuição dos esteranos regulares C27-C28-C29, também sugerem uma alternância no “input” da matéria orgânica, contudo, predominantemente terrestre.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 950.990.506-20 - KARINA SANTOS GARCIA - UFF
Interno - 1701531 - LUIZ CARLOS LOBATO DOS SANTOS
Externo à Instituição - LUZIA ANTONIOLI - UERJ
Notícia cadastrada em: 19/11/2019 08:19
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