Cartografia Profana: o absurdo em uma Geografia Escolar
Cartografia Profana; Geografia Escolar; Currículo.
Esta dissertação é uma fabulação-performativa com e sobre uma Cartografia Profana na Geografia Escolar. Produto de pensares e quereres de mapeamentos com estudantes de uma escola básica do Centro Histórico de Salvador, BA. Opta-se por uma ontologia fraca, no terreno de abordagem pós estrutural, no qual os mapeadores são esmaecidos no continuum entre mapa e mapeamento, o que autorizou a compor operações do incontrolável, do que não se pode banir, na tensão do percorrer a Encruzilhada Geografia Escolar apontando o espaço e o currículo como dimensões abertas, que se reconstroem no fluxo de saberes e práticas dos afectos dos/nos corpos. O que pode uma Cartografia Profana no contexto de uma Geografia Escolar? Escreve-se as linhas errantes desta dissertação a partir de três pedras encontradas na Encruzilhada Geografia Escolar: um devir pedra, a pedra de Sísifo e a pedra de Exu. Propõe-se articulações dessas experiências com a tradução, hibridação e descolamentos engendrados da estética do absurdo – o absurdismo - de Albert Camus, presente no seu livro O Mito de Sísifo e elucubrações das proposições de espaço aberto em Massey, das contribuições de Jacques sobre a errância urbana, a hodologia em Besse e intersecções de conceitos de Deleuze.