ÓRTESES TORNOZELO-PÉ E NEUROPRÓTESES COM ELETROESTIMULAÇÃO FUNCIONAL NA MELHORA DA VELOCIDADE DE MARCHA E EQUILÍBRIO APÓS ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA COM META-ANÁLISE.
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A Síndrome do Pé Caído (SPC) é uma disfunção neuromuscular comum em pessoas após Acidente Vascular Cerebral (AVC), caracterizada pela incapacidade de realizar dorsiflexão do tornozelo durante a fase de balanço da marcha. Essa condição compromete a mobilidade funcional, aumenta o risco de quedas e reduz a independência do indivíduo. Como estratégias terapêuticas, destacam-se as órteses tornozelo-pé (AFO) e as neuropróteses com estimulação elétrica funcional (EEF), que atuam na correção da postura do pé e na ativação neuromuscular, respectivamente.
Apesar do uso disseminado desses dispositivos, ainda não há consenso sobre qual recurso oferece melhores resultados na reabilitação da marcha e do equilíbrio em pessoas com SPC após AVC. Revisões sistemáticas anteriores mostraram resultados semelhantes entre AFO e EEF em desfechos funcionais, mas sem considerar efeitos neurofisiológicos de longo prazo. Além disso, a metanálise mais recente sobre o tema encontra-se desatualizada, não incluindo estudos clínicos relevantes publicados nos últimos cinco anos.
O objetivo desta revisão sistemática com metanálise é comparar a eficácia das AFOs e das neuropróteses com EEF na melhora da velocidade de marcha, do equilíbrio e na indução de mudanças cortico-espinais e intracorticais em pessoas com SPC após AVC. Serão incluídos ensaios clínicos randomizados com adultos, sem restrição de idioma ou data, extraídos das bases Cochrane, EMBASE, LILACS, PEDro, PubMed e SciELO. A análise seguirá as diretrizes PRISMA, e o protocolo será registrado no PROSPERO.
A hipótese central é que as neuropróteses promovam maior ativação neuromuscular e neuroplasticidade, o que pode resultar em superioridade nos desfechos analisados. Esta revisão pretende fornecer evidências atualizadas e robustas para orientar decisões clínicas, apoiar condutas fisioterapêuticas baseadas em evidências e direcionar futuras investigações no campo da reabilitação neurológica.