Respostas cardiovasculares de idosas hipertensas após o exercício isométrico de preensão manual realizado com uma bola antiestresse
Hipertensão, Hipotensão pós-exercício, Exercício isométrico, Frequência cardíaca, Idosa.
Introdução: A hipertensão arterial (HA) é uma condição multifatorial caracterizada pela elevação persistente da pressão arterial (PA), sendo um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Estudos apontam que o exercício isométrico de preensão manual (EIPM) pode contribuir para a redução da pressão arterial, mas há uma lacuna na literatura sobre os seus efeitos em idosas hipertensas. Objetivo: O presente estudo analisou os efeitos agudos do EIPM nas respostas da PA e modulação autonômica cardíaca (MAC) de idosas hipertensas. Métodos: O estudo incluiu 12 idosas hipertensas, treinadas e com a PA controlada, com idade média de 67,8 ± 3,8 anos. Foi realizado um ensaio clínico, randomizado, do tipo crossover. As participantes realizaram o EIPM a 30% e a sessão controle (C) a 3% da contração isométrica voluntária máxima (CIVM), utilizando uma bola antiestresse, com quatro séries para cada mão (8 séries) de um minuto de contração, intercaladas por um minuto de descanso. Foi respeitado o intervalo de no mínimo 72 horas entre as sessões. A PA e a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foram monitoradas nos momentos pré e nos momentos 15, 30, 45 e 60 minutos após o EIPM e a C. Resultados: A análise revelou um efeito significativo do fator tempo sobre a pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM) (P < 0,01). Além disso, a interação tempo vs intervenção foi significativa para PAS (p = 0,04), com as comparações pareadas mostrando que a PAS no grupo EIPM nos minutos pós 30 (p=0,04), pós 45 (p=0,04) e pós 60 (p=0,01) foi maior quando comparado com o momento pré-intervenção. Em relação à VFC, observou-se que a FC média reduziu após 45 e 60 min (p < 0,01) quando comparado com o momento pré quando o EIPM e o C foram realizados, o que foi acompanhado por aumento do SDNN (p<0,05) e da SD2 (p<0,05). A intervenção C também apresentou aumento do RMSSD (p<0,01) e do SD1 (p<0,01) no momento pós 45 min quando comparado com o pré. Não foi observado diferença entre as intervenções para as variáveis de VFC (P > 0,05). Conclusão: De acordo com os resultados apresentados, o EIPM realizado com uma bola antiestresse elevou a PA de mulheres idosas, hipertensas, treinadas e com a PA controlada por até 60 minutos. Além disso, verificou-se que o EIPM realizado não alterou a MAC das participantes.