FATORES CLÍNICOS E DEMOGRÁFICOS ASSOCIADOS À TAXA DE PERMANÊNCIA EM UMA CLÍNICA DE FISIOTERAPIA: UM ESTUDO TRANSVERSAL RETROSPECTIVO
Fisioterapia, Dor musculoesquelética, Tempo de permanência, Reabilitação, Indicadores de saúde
Introdução: A transição demográfica e epidemiológica no Brasil elevou a prevalência de condições crônicas como as dores musculoesqueléticas, as quais impactam a funcionalidade e a qualidade de vida. No cenário da fisioterapia, a gestão do tempo de permanência de pacientes é crucial para assegurar a eficiência e a qualidade no atendimento. Objetivos: Analisar os fatores clínicos e demográficos associados ao tempo de permanência em tratamentos fisioterapêuticos de pacientes atendidos em uma clínica de ortopedia e traumatologia em Salvador-BA. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo e quantitativo, com 170 prontuários analisados entre 2023 e 2024. As variáveis foram coletadas do sistema SMART e submetidas à análise estatística descritiva e à regressão logística. Resultados: A maioria dos pacientes (70,6%) era do sexo feminino, com média de idade de 60 anos. A taxa de permanência elevada (≥30 sessões) foi associada ao sexo feminino (OR=2,05; p=0,041), idade mais avançada (p=0,02), presença de três ou mais diagnósticos médicos (OR=11,78; p=0,024), acometimento de múltiplas regiões corporais (OR=16,3; p<0,01) e hipertensão arterial (OR=2,14; p=0,023). Conclusão: Para as pessoas que apresentam os fatores clínicos e demográficos supracitados, são necessárias estratégias personalizadas e protocolos clínicos padronizados a fim de reduzir o tempo de tratamento e melhorar a qualidade do atendimento fisioterapêutico.