A osteoartrite (OA) é uma das condições articulares mais prevalentes, causando dor, limitação funcional e impacto significativo na qualidade de vida. Dentre as estratégias de manejo, os Programas de Autogerenciamento (PAGs) têm se destacado como abordagens que empoderam os pacientes, promovem a autossuficiência e podem reduzir a dependência de recursos de saúde. No entanto, ainda existem lacunas na literatura quanto à efetividade dos PAGs em comparação ao tratamento convencional, especialmente em indivíduos com OA de joelho e/ou quadril.

Este projeto de pesquisa propõe uma revisão sistemática com metanálise para comparar a efetividade dos PAGs e do tratamento convencional em indivíduos com OA de joelho e/ou quadril. Serão avaliados desfechos como dor, função física e adesão ao tratamento. O estudo será conduzido de acordo com as diretrizes PRISMA e o protocolo será registrado na plataforma PROSPERO. Ensaios clínicos randomizados (ECRs) serão incluídos sem restrições quanto ao idioma ou período de publicação, e a qualidade metodológica dos estudos será avaliada por meio da escala PEDro.

As buscas serão realizadas em bases indexadas (PUBMED, Cochrane, PEDro, EMBASE, entre outras) e fontes não indexadas, utilizando estratégias baseadas no protocolo PICOS. A seleção dos estudos seguirá um fluxo rigoroso, incluindo triagens independentes realizadas por dois revisores e análise consensual em caso de discordâncias. Os dados extraídos serão tabulados para permitir análises estatísticas e sínteses quantitativas.

Espera-se que os resultados esclareçam as diferenças na efetividade entre as abordagens, evidenciando o potencial dos PAGs para melhorar a dor e a função física. Além disso, pretende-se explorar os desafios de implementação dos PAGs, como a adesão dos pacientes e a eficácia das ferramentas de monitoramento. Essa pesquisa tem o potencial de fornecer subsídios teóricos para a otimização do manejo da OA no contexto brasileiro, contribuindo para o desenvolvimento de políticas de saúde que integrem abordagens de autogestão e reduzam a sobrecarga no sistema público de saúde.

A conclusão deste estudo pode oferecer insights valiosos para profissionais de saúde, pacientes e gestores, promovendo intervenções baseadas em evidências que priorizem a qualidade de vida e a sustentabilidade econômica no tratamento da osteoartrite.