PROCESSOS FONOLÓGICOS NA ESCRITA ESCOLAR: IDENTIFICAÇÃO E INTERVENÇÃO
processos fonológicos; consciência fonológica; desvios ortográficos; escrita.
A modalidade escrita de qualquer língua humana, inclusive do português, envolve o domínio de muitos aspectos por parte dos aprendizes. Dentre esses aspectos, encontram-se os morfológicos, os sintáticos, os textuais; além daqueles que têm a ver com os sons do português e a sua escrita, estudados a partir dos aspectos fonológicos. A língua escrita, por sua vez, possui grande relevância sociocultural, já que grande parte das esferas da atividade humana se organiza por meio do seu uso. Assim, essa fala tem como objetivo principal o estudo das relações que se estabelecem entre os aspectos ortográficos do português escrito e o sistema fonológico do português, tomando por base os desvios ortográficos presentes na escrita escolar, permitindo conjecturar sobre a heterogeneidade da escrita, uma vez que foi possível identificar que os “erros” ortográficos dos estudantes são, na maioria, advindos de uma transposição de processos do campo fonológico para o campo da escrita. Isto posto, o objetivo deste trabalho é analisar o processo fonológico mais recorrentes na escrita dos estudantes do 8º ano do Fundamental II, a fim de construir atividades de intervenção didática para possibilitar a diminuição dessas intercorrências ortográficas, de modo a promover uma melhora na escrita dos alunos, contribuindo para o domínio da ortografia da Língua Portuguesa. Para tanto, será utilizado o modelo de pesquisa qualiquantitativo, de caráter analítico e intervencionista, a fim de identificar o processo de aquisição da escrita de alunos do 8º ano, analisar a ocorrência do processo fonológico, bem como descrevê-lo e apresentar modelos de intervenção. Quanto ao embasamento teórico, focará nas perspectivas da Sociolinguística, da Fonética, da Fonologia e da Ortografia apoiadas nos seguintes autores: Callou e Leite (2009); Mollica (2003, 2014, 2016); Morais (2007a, 2007b, 2010); Cagliari (1999, 2009); Bisol (1999, 2001); Hora, Pedrosa e Cardoso (2010); Pedrosa (2012, 2014) e Tasca (2002), entre outros. A proposta interventista deste projeto será uma adaptação de uma Sequência Didática apresentada por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004). Espera-se que, ao final dessa proposta interventiva, os discentes tenham aprimorado os conhecimentos fonológicos, de forma a melhorarem as aplicações das regras ortográficas em seu processo de escrita.