EFEITO DA CAMADA DE OXALATO DE ZINCO NA RESISTÊNCIA À CORROSÃO DO AÇO GALVANIZADO EXPOSTO AO MEIO ALCALINO
Corrosão. Armaduras. Concreto Armado. Eletrodeposição. Cloretos. Tratamentos de Conversão.
A corrosão das armaduras do concreto armado reduz significativamente a vida útil das estruturas e pode ser intensificada em ambientes agressivos, como atmosferas ricas em cloretos, com ocorrência da corrosão por pites. Entre os métodos de proteção das armaduras contra processos corrosivos, a galvanização tem se mostrado uma alternativa eficaz, quando associada a tratamentos de superfície, como o uso de soluções de cromo hexavalente (Cr6+ ou Cr VI). No entanto, diversos estudos apontam que o Cr VI é tóxico e cancerígeno, tornando necessário o desenvolvimento de revestimentos alternativos. Nesse contexto, soluções à base de ácidos orgânicos dicarboxílicos têm se destacado por oferecerem proteção eficiente, serem menos tóxicas e de menor custo em comparação aos tratamentos convencionais. Esta pesquisa de doutorado teve como objetivo avaliar a eficiência do revestimento de oxalato de zinco na resistência à corrosão de armaduras em ambiente alcalino. Para isso, amostras de aço galvanizado foram submetidas a um tratamento de conversão em solução de ácido oxálico [0,1M] e, em seguida, expostas a meio alcalino que simulou a solução dos poros do concreto, além de serem inseridas em corpos de prova de concreto e monitoradas por períodos controlados. A investigação combinou análises morfológicas (MEV/EDS), mineralógicas (DRX), espectroscopia (FTIR) e ensaios eletroquímicos de resistência à polarização e espectroscopia de impedância eletroquímica (EIE), em amostras submetidas à névoa salina (salt spray) para avaliar a evolução da camada de oxalato de zinco e sua influência na resistência à corrosão. Foi também avaliada aa corrosibilidade das armaduras eletrodepositadas, inseridas no concreto através de ensaios eletroquímicos (EIE e potencial de corrosão). Os resultados demonstraram que a camada de oxalato de zinco retardou o início da corrosão nos estágios iniciais, entretanto, em períodos mais longos, a alcalinidade do meio e a elevada porosidade do concreto favoreceram a degradação da camada, comprometendo a eficácia do revestimento em exposições prolongadas.