Banca de DEFESA: MICAELLA DE CÁSSIA MEIRA OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MICAELLA DE CÁSSIA MEIRA OLIVEIRA
DATA : 09/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: IMS/UFBA
TÍTULO:

"Estigma do peso experienciado em docentes universitários brasileiros durante a pandemia da COVID-19",


PALAVRAS-CHAVES:

discriminação percebida; professor universitário; pandemia; viés de peso.



PÁGINAS: 85
RESUMO:

A pandemia de COVID-19 transformou drasticamente a vida global e exigiu adaptação dos processos educativos ao ensino remoto emergencial, transição que impôs desafios adicionais aos docentes, que já enfrentavam dificuldades relacionadas à saúde mental e física. O contexto influenciou as práticas alimentares ao associar a padrões corporais e à preocupação com o peso devido a obesidade ter sido apontada como fator de risco para formas graves da COVID-19. Propiciamente, surge o estigma do peso, caracterizado por discriminação e preconceito contra indivíduos com excesso de peso. Embora o estigma tenha sido estudado em diversos contextos, há uma carência de pesquisas focadas no estigma do peso, especialmente no âmbito educacional e entre docentes universitários, que evidenciam a necessidade de estudos mais aprofundados nessa área. Com isso, objetivou-se analisar o estigma do peso em docentes universitários brasileiros no período inicial da pandemia de COVID-19, a partir da identificação dos contextos e dos fatores associados. Trata-se de um estudo transversal aninhado à "Coorte On-line Comportamento Alimentar e Saúde", com dados coletados on-line em julho e agosto de 2020 (n=1858). Foi empregada Regressão de Poisson com variâncias robustas e uma abordagem hierarquizada. As variáveis independentes foram agrupadas em três blocos: socioeconômicas e demográficas; características de saúde geral e estilo de vida; e saúde mental e práticas alimentares. A prevalência de experiência de estigma do peso durante a pandemia foi de 16,85% (IC95%: 15,14-18,55), predominantemente ocorrido no âmbito familiar (64,86%; IC95%: 59,38-69,96). O estigma do peso demonstrou associação inversa com idade (p-tendência linear: <0,0001), raça/cor parda (RP: 1,26; IC95%: 1,01-1,59), autoavaliação de saúde ruim (RP: 3,59; IC95%: 1,94-6,63), inatividade física (RP: 1,33; IC95%: 0,02-0,93), índice de massa corporal em eutrofia (RP:0,32; IC95%: 0,24-0,42) e sobrepeso (RP:0,67; IC95%: 0,53-0,85), comer excessivo (RP: 2,21; IC95%: 1,72-2,84), consumo alimentar reduzido (RP: 1,52; IC95%: 1,20-1,92), diagnóstico de transtornos alimentares (RP: 1,48; IC95%: 1,16-1,89) e sofrimento emocional (RP: 1,32; IC95%: 1,03-1,68).O estigma associado ao peso é notório no contexto familiar, que frequentemente se torna um espaço de crítica e pressão, e a discriminação é mais pronunciada em pessoas mais jovens, reflexo dos padrões socioculturais. Professores, como agentes formadores e multiplicadores de saberes, necessitam de maior atenção às suas vivências, pois podem fomentar discussões acadêmicas sobre a quebra de paradigmas relacionados ao peso e ao corpo, com papel crucial no combate ao estigma do peso, para promover a aceitação da diversidade corporal e melhorar a saúde mental e física dos afetados.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1585709 - POLIANA CARDOSO MARTINS
Interna - 1634511 - VANESSA MORAES BEZERRA
Externo à Instituição - FERNANDA RODRIGUES DE OLIVEIRA PENAFORTE
Notícia cadastrada em: 25/07/2024 17:19
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