Banca de DEFESA: DAIANE PORTO NERY

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : DAIANE PORTO NERY
DATA : 27/06/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Instituto Multidisciplinar em saúde
TÍTULO:

Mortalidade e Near Miss Neonatal no Estado da Bahia, Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: Mortalidade infantil, near miss, recém-nascido, estudos epidemiológicos, saúde materno-infantil.


PÁGINAS: 70
RESUMO:

INTRODUÇÃO: Em relação aos componentes da mortalidade infantil, a mortalidade neonatal tem apresentado queda discreta ao longo dos anos, constituindo um problema de saúde pública. Para além do evento morte, o indicador Near Miss Neonatal (NMN) contempla os recém-nascidos que experimentaram eventos adversos quase fatais, mas sobreviveram ao período neonatal. Neste sentido, a vigilância em saúde deve ser uma aliada no enfrentamento de desfechos desfavoráveis. OBJETIVO: Analisar as taxas de mortalidade neonatal no estado da Bahia (estudo I) e analisar as taxas de Near Miss Neonatal (NMN) e os seus determinantes no estado da Bahia (estudo II). MÉTODOS: O primeiro estudo consistiu em séries temporais dos óbitos neonatais (n=2.246.730), estudo ecológico, ocorridos no estado da Bahia (2010 a 2020), dados disponíveis no DATASUS. Foram calculadas as taxas de mortalidade neonatal e distribuição segundo características sociodemográficas, obstétricas, do recém-nascido e nascimento e causas de óbitos. Análises de regressão Jointpoint foram adotadas para os cálculos de tendência e variação percentual anual (APC). O segundo estudo consistiu em uma coorte retrospectiva de nascidos vivos (n=1.821.384), no estado da Bahia (2012-2020), dados do SINASC. O NMN foi definido por: idade gestacional < 32 semanas; peso ao nascer < 1.500 gramas; Ápgar < 7 no quinto minuto e malformação congênita. Modelos de regressão logística foram ajustados para analisar os fatores associados ao NMN, sendo adotado p≤0,05 como significativo. RESULTADOS: Estudo I, observou-se tendência decrescente das taxas de mortalidade neonatal (APC: -1,9, p-valor: < 0,001) e neonatal precoce (APC: -2,2, p-valor: < 0,001) e tendência estacionária da neonatal tardia. Maiores frequências de óbitos neonatais ocorreram entre: mães de 20 a 34 anos; com 8 a 11 anos de estudos; gravidez única; nascimento prematuro; parto vaginal; sexo masculino; raça/cor não branca; baixo peso ao nascer e entre aqueles com algumas afecções originadas no período perinatal e malformações congênitas. Foi observada tendência decrescente de mortalidade neonatal para as causas evitáveis por adequada atenção à mulher na gestação e no parto. E tendência ascendente para sífilis congênita. No estudo II foram identificados 55.285 (3,0%, IC95%: 3,01-3,06) casos de NMN. O sexo do recém-nascido (masculino), idade materna (10 a 19 anos e 35 anos ou mais), escolaridade materna (0 a 7 e de 8 a 11 anos), não ter companheiro, ser primípara, ter uma ou mais perdas fetais/abortos, gravidez múltipla, ter realizado menos de 6 consultas pré-natal, não ter parto induzido, ter parto cesáreo, e apresentação fetal não cefálica foram positivamente associados ao NMN. E associaram-se negativamente ao NMN ter tido um ou mais partos normais anteriores, ter um ou mais partos cesáreos anteriores. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A morbimortalidade da população estudada sofreu impactos que perpassam desde as condições sociodemográficas à assistência à saúde. Diante disso, o desafio de reduzir as iniquidades sociais precisa ser um dos principais eixos estruturantes para subsidiar o aprimoramento de linhas de cuidado em saúde materno-infantil.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1634511 - VANESSA MORAES BEZERRA
Interna - 1679680 - DANIELA DA SILVA ROCHA
Externa ao Programa - ***.194.226-** - AMANDA CRISTINA DE SOUZA ANDRADE - UFMG
Externa ao Programa - 2315080 - VERONICA CHELES VIEIRA - UFBA
Notícia cadastrada em: 30/05/2024 17:39
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