Banca de DEFESA: JOÃO HENRIQUE REBOUÇAS DA CRUZ

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JOÃO HENRIQUE REBOUÇAS DA CRUZ
DATA : 23/05/2025
HORA: 09:30
LOCAL: Escola de Administração - Sala 03
TÍTULO:

Grupos Criminosos e criminalidade violenta: um estudo sobre a redução da violência no município de Jequié/BA no período de 2017 a 2020


PALAVRAS-CHAVES:

Grupos Criminosos. Criminalidade violenta. Redução da violência. Jequié – Bahia


PÁGINAS: 141
RESUMO:

A violência no Brasil alcançou seu ápice no ano de 2017 com o registro de 64.078 Mortes Violentas Intencionais (MVI). Em 2018, no entanto, iniciou-se um período de redução com uma queda de 12,8% nos índices, resultando em 57.956 MVI, e uma queda ainda mais acentuada, em 2019, com 47.796 mortes, correspondente a uma redução de 17,7% em relação ao ano anterior (ANUÁRIO, 2022). O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) apresenta como uma das causas para a variação dos índices de homicídios no Brasil entre 2016 e 2017 a ―guerra desencadeada entre as duas maiores facções penais no Brasil - Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV) - e seus parceiros locais, que eclodiu em meados de 2016‖ (IPEA, 2020). Willis (2015), num estudo sobre os homicídios em São Paulo, concluiu que o principal fator na redução dos índices de crimes violentos no estado é a regulação que o grupo criminoso PCC exerce sobre a vida e a morte das pessoas no estado. Para o pesquisador, há um consenso entre o Estado e o PCC que regula as mortes violentas, denominando tal fato de hipótese PCC. Neste trabalho, buscamos investigar o impacto da atuação dos grupos criminosos na criminalidade violenta letal no município de Jequié/BA, no período de 2017 a 2020. As informações colhidas no campo de pesquisa, a partir do Conjunto Penal de Jequié, nos permitiu perceber que a criminalidade violenta letal na cidade sofre influência das disputas por território e pelo mercado de drogas entre dois grupos criminosos que agem na região, tendo o sistema prisional local como epicentro dos grupos que tem no tráfico de drogas a grande força motriz e fator gerador de violência e modo de circulação e formação de riqueza em números de difícil cálculo. Trazemos a análise sobre os operadores dos mercados ilegais e das vítimas da violência letal no município investigado, apresentando, também, uma análise dos grupos criminosos e o panorama de suas atuações, em consonância com as informações trazidas na entrevista do líder de um grupo criminoso local. Numa investigação que tem como parâmetro metodológico o estudo apresentado por Feltran (2022), buscamos as especificidades dos casos de MVI na cidade de Jequié com o intuito de apresentar, por meio do estudo empírico, dados qualificados da parcela da população vítima das disputas pelo tráfico de drogas. Incluímos, ainda, a discussão sobre as ações do Estado no sistema prisional e as políticas de segurança pública para redução de homicídios em Jequié, tendo como destaque a gestão dos conflitos entre os grupos criminosos locais e sua consequência para a redução dos índices de MVI.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - MARCEL AHRINGSMANN DE OLIVEIRA
Presidente - ***.507.465-** - CLAUDIA MORAES TRINDADE - UFBA
Externo à Instituição - FRANKLIM DA SILVA PEIXINHO
Externo ao Programa - 1674600 - LUIZ CLAUDIO LOURENCO - nullInterna - ***.282.115-** - ODILZA LINES DE ALMEIDA - UESB
Notícia cadastrada em: 22/05/2025 11:49
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