AS REPERCUSSÕES DOS ESTUDOS DECOLONIAIS NAS FORMAÇÕES DE EDUCADORES
Formação de professores, Decolonialidade, Vida e Luta
O caderno da realidade como uma ferramenta metodológica inicial do trabalho
fundamenta-se em vivências, reflexões e desafios do pesquisador ao longo da
construção da pesquisa, tornando um registro humanizado, crítico e decolonial da
jornada acadêmica, sendo questionado as práticas acadêmicas tradicionais ao
integrar razão, afetividade e emoções na produção de conhecimento. O texto de
abertura, após o caderno da realidade, utiliza a metáfora das feridas coloniais para
ilustrar a contínua violência e desumanização que afetam os povos da América
Latina. Enfatiza-se a necessidade de reconhecer essas feridas e lambê-las como um
meio de avançar na consciência crítica e na cura coletiva. O prólogo convida a uma
jornada de reflexão e ação, onde o ato de lamber as feridas se transforma em
resistência e esperança na busca por um futuro mais justo e humano. A
problemática destaca como a colonialidade permeia o sistema educacional e as
práticas de formação de educadores. A fragmentação do conhecimento e a
desvalorização dos saberes locais exemplificam como a ciência institucional
perpetua estruturas coloniais. A construção de um conjunto de ensaios torna-se o
meio pelo qual o pesquisador se insere no debate, levantando questionamentos
voltados aos estudos decoloniais e à formação de educadores pela proposição de
“Viver e Lutar”. Há ênfase na formação de educadores como agentes de
transformação social que é fundamental ao defender uma educação que promova o
acolhimento e a emancipação dos sujeitos, pensando a importância de abordar
questões como gênero, sexualidade e educação para as relações étnico-raciais nas
formações.