Banca de DEFESA: FERNANDA SIMÕES BRAGA ARAÚJO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FERNANDA SIMÕES BRAGA ARAÚJO
DATA : 20/05/2025
HORA: 16:00
LOCAL: Instituto de Física
TÍTULO:

A história de (des)continuidades da escola de agronomia da Bahia: novos impulsos, atores e práticas científicas em meados do século XX (1930-1950)


PALAVRAS-CHAVES:

História das Ciências. Agronomia na Bahia. Escola de Agronomia da Bahia. Landulfo Alves. Estado Novo.


PÁGINAS: 377
RESUMO:

Com uma trajetória de (des)continuidades marcada por transformações políticas, institucionais e de escopo, o ensino agrícola na Bahia iniciou uma nova fase em 1939, com a reorganização do curso superior em agronomia. Esse processo culminou na transferência de sua escola para a cidade de Cruz das Almas em 1943. As ciências agrárias estavam de volta ao Recôncavo, seu berço primeiro, precursor das escolas superiores agrícolas no Brasil e na América do Sul. Fundada ainda no Império, no ano de 1877, em São Bento das Lages, e após breve deslocamento para Salvador na década de 1930, a escola chegou à cidade de Cruz das Almas por iniciativa do então interventor federal da Bahia, Landulfo Alves, também filho do Recôncavo e com formação agronômica, motivo pelo qual sua administração priorizou projetos nas áreas de educação e agricultura. Desde então, estabeleceu-se na região um polo estadual de referência para o ensino, a pesquisa e a extensão em agronomia, com a formação de uma rede articulada em torno da presença de instituições estaduais, federais e estrangeiras. Nesse sentido, alguns autores (BAIARDI, 1999b; BAIARDI e VIEIRA, 2012; NACIF, 2018) afirmam ter ganhado a Bahia um novo impulso nas ciências agrárias pós-1940. Partindo desse pressuposto, o objetivo principal dessa tese é compreender o contexto e os atores que viabilizaram a potencialização dessa área no estado em meados do século XX (1930-1950). Em sua maioria, os trabalhos anteriores realizados por historiadores das ciências focam na criação da escola da Bahia, tendo em vista o seu pioneirismo histórico, assim que suas diversas transformações posteriores sugerem uma complexidade que tem deixado a desejar uma análise mais apurada de sua reestruturação neste período. Buscando suprir essa lacuna, essa pesquisa pretende responder questões ainda pouco exploradas pela historiografia: (1) quais impulsos contribuíram para potencializar a área das ciências agrárias na Bahia a partir da década de 1930? (2) quais atores participaram efetivamente desse processo e quais foram as ações empreendidas por eles? (3) essas ações estavam sintonizadas com as políticas de desenvolvimento de seu tempo? (4) quais as novas práticas científicas que se estabeleceram nas ciências agrárias na Bahia pós-1940? Nossa hipótese supôs tratar-se, antes de tudo, de impulsos de modernização, que se traduziram novamente em uma trajetória (des)contínua de investimentos nas ciências agrícolas na Bahia. Para esta investigação, recorremos a diferentes tipos de fontes, que incluíram levantamento da literatura anterior e de documentos primários sobre a instituição e os atores envolvidos em sua trajetória. Concluímos que, mais do que um projeto de investimento em ciência, a reestruturação da escola de agronomia da Bahia foi parte de um projeto político-econômico para o desenvolvimento estadual, já com vieses desenvolvimentistas, visando à recuperação de uma tradição do estado no ensino e na formação de quadros técnicos na área agronômica, mas também e, sobretudo, como partícipe do desenvolvimento nacional.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - ***.003.005-** - OLIVAL FREIRE JUNIOR - UFBA
Interno - ***.881.187-** - LUIZ CARLOS SOARES - NÃO INFORMADO
Interno - ***.031.008-** - AMILCAR BAIARDI - UFRB
Externo ao Programa - ***.550.065-** - CLIMERIO PAULO DA SILVA NETO - UFOB
Externo à Instituição - TIAGO SARAIVA
Externa à Instituição - GRACIELA DE SOUZA OLIVER
Externo à Instituição - NILTON DE ALMEIDA ARAUJO - UNIVASF
Externo à Instituição - PAULO GABRIEL SOLEDADE NACIF - UFRB
Notícia cadastrada em: 01/04/2025 07:50
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