LIMITES E POSSIBILIDADES DA UTILIZAÇÃO DO CLIMA ESPACIAL NA LICENCIATURA EM FÍSICA
Formação de professores; ensino de física; clima espacial
Pensar no sistema educacional brasileiro reflete sobre uma série de indagações, especificamente quando nos referimos à formação de professores. O olhar para essas indagações se faz pertinente, uma vez que a formação de professores - no nosso caso de física - tem passado por diversas transformações nas últimas décadas. Mas, colocamos o foco da pesquisa na análise da inserção dos conhecimentos temáticos - o Clima Espacial - na formação inicial e continuada de professores de física, visando compreender como esse tema está distribuído em currículos e quais são os limites e possibilidades dessa integração. O Clima Espacial é entendido como todas as condições e processos que ocorrem no espaço e têm potencial de afetar ambientes próximos a Terra, o que favorece a discussão referente aos conceitos físicos. Nesse sentido, utilizamos nos nossos referencias teóricos elementos da formação inicial e continuada de professores, do currículo e do conceito de clima espacial no ensino a fim de responder a seguinte pergunta: Quais são os limites e possibilidades da inserção dos conhecimentos sobre o Clima Espacial na formação de professores de Física? Para responder essa pergunta pesquisamos nos Projetos Pedagógico das Instituições de Ensino Superior da Bahia. O material consiste em uma análise dos currículos (fluxogramas vigentes em 2024) das instituições que tenham o curso de Licenciatura em Física. Concentramos nossa análise justamente no olhar para essa matriz das instituições da Bahia e para entendermos como a temática está sendo distribuída no currículo. Dessa forma, utilizamos a Análise Discursiva para entendermos de que formas esses discursos estavam sendo transpostos. Como resultados, obtivemos que das oitos instituições que ofertam o curso de Licenciatura na Bahia, três delas oferecem a disciplina de Astronomia como caráter obrigatório. As demais, duas dessas instituições ofertam a disciplina como caráter optativo. Portanto, podemos dizer que está aberta a possibilidade de uma reforma curricular que integre essa disciplina como caráter obrigatório nas instituições que não oferecem ou que tenham consequências com temas dessa natureza. A implementação dessas mudanças pode alavancar para uma visualização melhor do Clima Espacial, trazendo, assim, a abertura de novos temas contemporâneos.