PPGLITCULT PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LITERATURA E CULTURA (PPGLITCULT) INSTITUTO DE LETRAS Telefone/Ramal: Não informado

Banca de QUALIFICAÇÃO: ANDRÉS ELOY PALENCIA SAMPAYO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDRÉS ELOY PALENCIA SAMPAYO
DATA : 29/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de Reuniões da Pós do Instituto de Letras da UFBA
TÍTULO:

Vozes dissidentes em contextos autoritários na poesia latino-americana contemporânea: os casos de Heberto Padilla, Elvira Hernández e Reina María Rodríguez


PALAVRAS-CHAVES:

Heberto Padilla; Reina María Rodríguez; Elvira Hérnandez; poesia latino-americana; dissidência.


PÁGINAS: 158
RESUMO:

Durante a segunda metade do século XX, em grande parte dos países da América Latina, assistiu-se à ascensão de regimes autoritários de cunho militar, que promoveram desaparecimentos forçados, torturas, exílios, entre outras formas de repressão. Tanto na ditadura militar chilena quanto no regime socialista de Cuba, foram implementados mecanismos de coerção, censura e perseguição da dissidência, que afetaram diretamente o campo literário e a produção literária. Nesse contexto, esta investigação propõe analisar as obras poéticas Fuera del juego (1968) de Heberto Padilla, Otras cartas a Milena (2003) de Reina María Rodríguez, ambas de Cuba, bem como La bandera de Chile (1991) de Elvira Hernández. O objetivo é comprovar como, em suas respectivas propostas estéticas, esses autores constroem uma narrativa crítica ou contranarrativa que se opõe às narrativas e símbolos associados ao poder político oficial. Para a análise das obras, aplicamos os postulados teóricos sobre a configuração do estado totalitário (Hannah Arendt), o estado de exceção (Giorgio Agamben) e o estado autoritário (Tzvetan Todorov). Além disso, exploramos categorias teóricas relacionadas à memória e à história (Walter Benjamin, Jeanne Marie Gagnebin, Aleida Assmann), considerando que essas dinâmicas de concepção histórica e mnemônica circulam nos textos como intervenções narrativas e estéticas que buscam a recuperação, reatualização e ressignificação do passado. Isso ocorre como uma oposição ao esquecimento e como forma de resistência ao apagamento das vozes e figuras dissidentes pelo estado autoritário. Assim, nas obras analisadas, evidenciamos o uso da ironia como “máquina de desleitura” (Márcio Seligmann-Silva) que desestrutura e dessacraliza os símbolos e estereótipos oficiais. Por sua vez, a revisitação do passado é explorada como uma forma de ressignificação crítica do presente, e o travestimento e a transfiguração dos símbolos nacionais são abordados como uma estética subversiva que revela as manipulações autoritárias do poder político sobre esses símbolos.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1570502 - ANTONIO MARCOS DA SILVA PEREIRA
Presidente - 2049741 - CARLA DAMEANE PEREIRA DE SOUZA
Externa à Instituição - IDALIA MOREJÓN ARNAIZ - USP
Notícia cadastrada em: 19/07/2024 10:01
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