Representação da identidade LGBTQIAPN+ em mangás Boys love : um olhar a partir da Linguística Aplicada Crítica
mangás, boys love, Linguística Aplicada, Teoria Queer, Gramática do Design Visual.
As representações de identidades masculinas LGBTQIAPN+ têm sido uma problemática bastante relevante no contexto das mídias atuais, por difundir modelos de identidades hegemônicas relacionados a práticas de dominação. Assim sendo, este trabalho tem como objetivo analisar as representações identitárias em uma mídia bastante difundida mundialmente e que tem impactado o contexto social brasileiro desde os anos 1990: o mangá. Para isso, utilizo como corpora os mangá Blood Honey e Given como obras que fazem parte da categoria editorial Boys love,, focada em narrar história de romances homoafetivas. Para realizar esta pesquisa, foi utilizado o arcabouço teórico-metodológico da Linguística Aplicada (LA) que visa interrogar e problematizar as práticas de linguagem, principalmente no que se refere às questões sociais, tais como raça, classe social, identidade, entre outras (Moita Lopes, 2006; Pennycook, 2008). Outras noções abordadas são as dos estudos queer em conjunto com a LA, relacionadas a gênero, sexualidade e performatividade (; Butler, 1990; Louro, 2001, Moita Lopes, 2022; Melo, 2025) e o aparato teórico-metodológico da Gramática do Design Visual (Kress; van Leeuwen ,[1996]2006). Os resultados parciais que foram encontrados apontam para uma colonialidade no sentido da representação de corpos LGBTQIAPN+ apresentados nessa mídia. Ainda, foi possível observar uma manutenção de binariedade do masculino e do feminino mesmo em relações formadas por indivíduos do mesmo sexo.