FUTEBOL, ACESSIBILIDADE E PLATAFORMAS MULTIMÍDIA: UM ESTUDO DE CASO SOBRE A LOCUÇÃO AUDIODESCRITIVA
Locução audiodescritiva. Acessibilidade. Deficiência visual. Futebol. Plataformas multimídia.
O presente trabalho busca contribuir para os estudos acerca da acessibilidade audiovisual, voltando-se principalmente para a inclusão sociocultural do público com deficiência visual, por meio da audiodescrição no futebol, apoiado em plataformas multimídia. A audiodescrição é o melhor meio para acessibilizar materiais multimídias a pessoas cegas ou com baixa visão – consequentemente, considerando este mesmo pensamento e público, a locução audiodescritiva é a forma mais aconselhável, quando se trata de AD no futebol. Trata-se, então, de um tipo de locução voltada para pessoas com deficiência visual, que busca o detalhamento do maior número possível de informações sobre o que está acontecendo na partida. Nesta relação entre futebol e acessibilidade, tem-se uma relação entre uma audidoescrição com base em conceitos observados nas locuções radiofônica e televisiva. A partir destas, considera-se conceitos já imaginados e trabalhados, como ritmo, tom narrativo, intencionalidade, publicidade, foco e perspectiva – além de aspectos como terminologias adequadas, criação metafórica e jargões pessoais. Para tanto, este trabalho selecionou duas locuções audiodescritivas da Copa do Mundo do 2022: a de abertura, entre Equador x Catar (país-sede), e a de encerramento, a final, entre Argentina x França (também com as cobranças de pênaltis). A partir de cada uma, foram feitos 3 recortes (com a adição de mais um na LAD de abertura). Neste sentido, imagina-se como de extrema importância o fato de criar acessibilidade para uma partida de futebol por meio de uma transmissão multimídia – principalmente por se tratar de uma transmissão de baixo custo e longo alcance (diferentemente de uma transmissão in loco, em um estádio), mas sempre voltada ao seu público primário, as pessoas cegas ou com baixa visão.