OS SUFIXOS -IZAR E -ECER: UM ESTUDO SEMÂNTICO E SINTÁTICO
Sufixo -ecer e -izar. Morfologia. Semântica.
Esta tese analisa as verbalizações com os sufixos –izar e -ecer, com o objetivo de identificar os traços semânticos que licenciam a adjunção deles à base, bem como os traços distintivos entre os sufixos nas verbalizações. Tem-se, também, como intuito observar a história desses sufixos nos séculos XIII, XVI, XVIII e XIX, a fim de analisar a sua produtividade. Além disso, diante da hipótese de que o elemento que diferencia o sufixo -izar do -ecer é um fator semântico, faz-se uma comparação, nesse viés, entre diferentes modelos teóricos quanto ao estudo das verbalizações. Para isso, considera-se desde o aspecto lexical (Vendler, 1967) até as abordagens teóricas: Morfologia Distribuída (Harley e Noyer, 1999), Nanossintaxe (Starke, 2002) e Exoesqueletal (Borer, 2005). Considerando-se que os traços semânticos, como os sabores do verbo (Marantz, 1997; Dowty, 1989), as estruturas de evento (Harley e Noyer, 1999s), juntamente aos templatos de eventos (Borer, 2005; Duarte e Gonçalvez, 2009) sejam o fator distintivo entre os dois verbalizadores, esta tese optou por uma confluência entre as teorias quanto à abordagem semântica diante desses sufixos. Ademais, no intuito de observar, também, as mudanças morfológicas e fonológicas que são causadas pela junção de uma base aos sufixos -izar e -ecer, analisaram-se dois processos: a assimilação vocálica e a síncope da sílaba final, buscando esses possíveis traços distintivos entre os sufixos.