Banca de QUALIFICAÇÃO: JÉSSICA SCHEER SOUZA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JÉSSICA SCHEER SOUZA
DATA : 04/06/2024
HORA: 14:00
LOCAL: UFBA
TÍTULO:

“EU ATÉ TENHO AMIGOS QUE SÃO”: A DISCURSIVIDADE DA CULPA DA BRANCA EM TEXTOS DE RETRAÇÃO APÓS FALA RACISTA


PALAVRAS-CHAVES:

Análise do Discurso Materialista; Branquitude; Culpa; Retratação.


PÁGINAS: 55
RESUMO:

Com o avanço da tecnologia e do acesso às redes sociais, nos últimos anos, o Brasil vem sendo palco de inúmeras violências raciais. Sejam elas por “vocabulário, discursos, imagens, gestos, ações e olhares”(Kilomba, 2019, p.78), é possível perceber um aumento no processo de registros/denúncias da violências na mídia, mesmo o racismo sendo crime no país desde 1989, este parece ser um fator que não inibe tais atitudes ou falas. Como apontou Grada Kilomba (2019) “O racismo não é biológico, mas discursivo” ou seja, se constrói a partir das simbologias atribuídas à negritude e à branquitude. Eni Orlandi ainda defende que “Os sentidos [...] são determinados pela maneira como nos inscrevemos na língua e na história e é por isto que significam, e não pela nossa vontade.” (2020, p.35). O reflexo disso está no interessante fenômeno em que temos: de um lado pessoas lidas como brancas reproduzindo racismo e dizendo não perceber ou não ter a intenção e de outro, pessoas lidas como negras percebendo e apontando a violência racial. Esses apontamentos,críticas e/ou hate produzidos frequentemente nas redes sociais, se enquadram no famoso “cancelamento” das figuras. Devido a isso, elas vêm a público se pronunciar através de vídeos e/ou notas de retratação que apresentam algumas características discursivas semelhantes entre elas, mesmo que produzidas em contextos distintos. Sendo assim, tenho como objetivo, utilizando a Análise do Discurso Materialista, analisar como se dá a discursividade da culpa branca em textos-vídeos de retratação de figuras públicas após serem denunciadas nas redes sociais por racismo. Para a análise, conto com o auxílio de vozes como Cida Bento, Lourenço Cardoso, Franz Fanon, Lélia Gonzalez, Grada Kilomba, Eduardo Bonilla Silva, Sueli Carneiro etc, para estabelecer conceitos de branquitude, raça e culpa em um contexto sócio-histórico braisleiro, para assim pensar os efeitos de sentido que são produzidos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1239803 - LUIZ FELIPE ANDRADE SILVA
Interna - 2265579 - ISADORA LIMA MACHADO
Externa à Instituição - ANGELA CORRÊA FERREIRA BAALBAKI - UERJ
Notícia cadastrada em: 28/05/2024 13:55
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