Banca de DEFESA: IVANETE DA HORA SAMPAIO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : IVANETE DA HORA SAMPAIO
DATA : 29/05/2024
HORA: 09:00
LOCAL: Instituto de Letras / Modalidade remota
TÍTULO:

MULHER, NEGRA, PROFESSORA DE ALEMÃO NA BAHIA: INTERSEÇÕES E PROPOSIÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS) EM AMBIENTE INTERCULTURAL E DECOLONIAL


PALAVRAS-CHAVES:

narrativas de si; decolonialidade; interculturalidade; interseccionalidade;
formação de professoras(es) de alemão.


PÁGINAS: 296
RESUMO:

Neste trabalho, inspirado em Conceição Evaristo, apresento minhas escrevivências, minha
trajetória pessoal e profissional, centrada no ensino-aprendizagem de línguas estrangeiras,
especialmente de alemão, como uma mulher negra e professora/pesquisadora nesse contexto.
O fato de falar uma outra língua me possibilitou outras maneiras de ser e estar no mundo, porém
o acesso a sua aprendizagem é um privilégio de corpos elitizados e o acesso à aprendizagem da
língua alemã para corpos negros é quase uma transgressão. Assim, o objetivo desta tese é
visibilizar e problematizar a história de vida, formação e redes de uma professora negra atuante
no ensino de alemão no Brasil, e em especial em Salvador, enquanto um aporte epistemológico
e praxiológico para repensar a educação linguística intercultural e afrocentrada, rumo a uma
educação linguística decolonial e discutir modos de ampliar o acesso democrático às línguas.
Nesta tese, portanto, apresento as estratégias desenvolvidas por este corpo-negro para adentrar
determinados espaços de poder e como esse corpo, ocupando esses espaços, construiu
possibilidades e alterou a estrutura em que atuou. Ressalto a importância de outras professoras
falarem de si, possibilitando um diálogo entre sua prática e as epistemologias estudadas na
academia estimulando, assim, a autonomia dessas(es) profissionais diante da necessidade de
produzir materiais que possibilitem uma aprendizagem crítica e reflexiva do alemão, sob uma
perspectiva intercultural e decolonial. Desse modo, utilizei metáforas do teatro para construir
esta tese provocando um movimento de descolonização da estrutura normalmente imposta a
trabalhos acadêmicos. A construção do referencial teórico-metodológico seguiu os princípios
da pesquisa qualitativa e autoetnográfica, por meio de narrativas, o que viabilizou a análise do
meu percurso formativo com os dados gerados durante a pesquisa, com base no Letramento
Racial Crítico e na Educação Linguística intercultural. Esta tese se insere na área da Linguística
Aplicada, em diálogo com outras áreas do conhecimento, como a Antropologia, a Sociologia e
os Estudos Culturais. Nesse âmbito, é importante ressaltar que conteúdos sobre questões raciais
ainda provocam desconforto na academia, em virtude de uma estrutura racista e colonial que
exclui corpos negros do protagonismo, do acesso a línguas estrangeiras, tanto na docência
quanto na discência. Assim, os resultados evidenciaram a necessidade de os cursos de
licenciatura em línguas estrangeiras, principalmente de alemão, serem reestruturados buscando
uma abordagem mais crítica e sensível no ensino de línguas estrangeiras, ressignificando a
presença de corpos invisibilizados e proporcionando oportunidades aos grupos minorizados.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1563574 - EDLEISE MENDES OLIVEIRA SANTOS
Interna - 284646 - DENISE CHAVES DE MENEZES SCHEYERL
Interna - ***.648.905-** - TEREZINHA OLIVEIRA SANTOS - UFOB
Externo ao Programa - 3358821 - MILAN PUH - UFBAExterno à Instituição - KELLY BARROS SANTOS - UFRB
Externa à Instituição - DÖRTHE UPHOFF - USP
Notícia cadastrada em: 28/05/2024 13:55
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