POTENCIAL QUÍMICO DE Erythrina velutina Wild.: ESTUDO DE ALCALOIDES ERTRÍNICOS EM ESPÉCIMES DA CHAPADA DIAMANTINA- BA
Erythrina velutina, CG/EM, alcaloides
O gênero Erythrina, cujo nome tem origem no grego "erythros", que significa vermelho, referindo-se à cor de suas flores, pertence à família Fabaceae (Leguminosae). Contempla aproximadamente 130 espécies distribuídas por diversos países. Possuindo também aplicabilidade em melhorias dos solos, uso como agente ansiolítico. Evidenciando a espécie Erythrina velutina Willd, conhecida popularmente como “mulungu”, “suinã”, “muchocho”, é muito utilizada na medicina popular para calmante de tosse, afecções bucais e hepáticas, nas formas farmacêuticas como chá, banhos e até mesmo o pó. Sendo caracterizada pela expansiva produção de alcaloides eritrínicos, sugere-se que sejam os marcadores químicos dessa espécie, trazendo importantes aplicações farmacológicas, principalmente no sistema nervoso central (SNC). Neste sentido, este estudo objetivou a avaliação dos alcaloides de Erythrina velutina, em espécimes da Chapada Diamantina-BA. As coletas foram realizadas nos municípios de Boninal (distritos Barriguda, Mulungu e Capão Boninal) e de Mundo Novo (distrito Ibiaporã). Os alcaloides foram obtidos por extração ácido-base, resultando em frações enriquecidas em alcaloides (FEA). A caracterização química foi conduzida por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG-EM). Os resultados permitiram a identificação de seis alcaloides eritrínicos: erisovina, erisodina, eritroculina, erisosalvina, eritralina e erisotina. Além disso, foi detectado um composto alcaloídico ainda não identificado na literatura por Ressonância Magnética Nuclear (RMN), o que reforça a variabilidade química da espécie e seu potencial como fonte de novos protótipos. Esses achados reforçam a relevância de E. velutina como fonte de metabólitos com potencial para aplicação farmacológica