Banca de DEFESA: LEIA SILVA ALMEIDA MOREIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEIA SILVA ALMEIDA MOREIRA
DATA : 05/09/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Faculdade de Farmácia
TÍTULO:

AVALIAÇÃO DO EFEITO INFLAMATÓRIO E ANTIOXIDANTE DO ESTRADIOL EM CÉLULAS ENDOTELIAIS HUMANAS


PALAVRAS-CHAVES:

Estrogênio; expressão gênica; ativação endotelial


PÁGINAS: 80
RESUMO:

O estradiol é um hormônio esteroide essencial para a saúde reprodutiva e metabólica, com impactos em diversos tecidos, incluindo o sistema cardiovascular. Estudos recentes apontam riscos associados ao uso de estrogênios exógenos utilizados por mulheres cisgênero, bem como em altas dosagens, utilizados por mulheres trans. Desta forma, este estudo avaliou os efeitos do 17β-estradiol sobre a expressão de genes antioxidantes (SOD, CAT), inflamatórios (IL-6, IL-12) e de disfunção endotelial (ICAM-1, VCAM-1) em células endoteliais humanas (HUVECs), em diferentes concentrações associadas em diferentes esquemas de terapia hormonal. As células foram cultivadas até atingirem entre 80-90% de confluência, onde foi realizada a substituição por meios frescos contendo estradiol (E2) nas seguintes concentrações: 1 nM, 3 nM e 10 nM, durante 24 h. Após esse tempo, foram efetuadas coletas dos sobrenadantes e dos lisados celulares para realização de análises de extração de RNA total, determinação de quantificação e pureza (Nanodrop), além de conversão de RNA em cDNA por transcrição reversa e realização de expressão gênica por RT-qPCR utilizando primers específicos para genes antioxidantes e inflamatórios. A exposição aguda (30 min) a concentrações de estradiol associadas a terapias hormonais em mulheres cisgêneros (1nM) e transgêneros (3 nM) promoveu aumento da expressão de superóxido dismutase (SOD) e redução significativa da interleucina 6 (IL-6) (p ≤ 0,001), sugerindo atividade antioxidante e anti-inflamatória. Em contrapartida, concentrações elevadas (10 nM) e exposições prolongadas (60–120 min) resultaram em aumento dose-dependente da expressão da molécula de adesão intercelular-1 (ICAM-1) e da molécula de adesão celular vascular-1 (VCAM-1) (p ≤ 0,001), indicando ativação endotelial inflamatória e risco potencial de dano vascular. A expressão de interleucina 12 (IL-12) foi modulada positivamente apenas em curtos períodos (30min; p≤0,001) e a enzima catalase (CAT) não apresentou alterações significativas em nenhum dos tempos avaliados (p>0,05). Em conclusão, em concentrações de estradiol utilizadas por mulheres cis e trans, verifica-se efeito protetor associado ao estresse oxidativo e inflamação. Em concentrações mais elevadas, o estradiol parece promover inflamação e oxidação celular, com perda do efeito antioxidante. Também, como parte do estudo, foi realizada uma revisão integrativa sobre o uso, riscos e segurança das formulações de contraceptivos hormonais em mulheres com doença falciforme, demonstrando que a escolha inadequada da formulação pode agravar os riscos tromboembólicos e inflamatórios já elevados nessas mulheres. Os achados reforçam a importância de se avaliar o perfil de cada mulher quanto à escolha do método contraceptivo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2436890 - JUNIA RAQUEL DUTRA FERREIRA
Interno - 1881297 - DENIS DE MELO SOARES
Externo ao Programa - 1221606 - VITOR ANTONIO FORTUNA - UFBA
Notícia cadastrada em: 12/09/2025 10:10
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