Banca de DEFESA: ANGELA LIMA CALOU

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANGELA LIMA CALOU
DATA : 22/11/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Programa de Pós-Graduação em Filosofia, sala 02
TÍTULO:

O DECLÍNIO DO ESPÓLIO Razão, sofrimento e moralidade em Arthur Schopenhauer e Fiódor Dostoiévski


PALAVRAS-CHAVES:

Schopenhauer. Dostoiévski. Razão. Sofrimento. Moralidade.


PÁGINAS: 170
RESUMO:

O presente trabalho determina-se como um diálogo entre filosofia e literatura por meio da articulação do pensamento de Arthur Schopenhauer (1788-1860) e da obra madura de Fiódor Dostoiévski (1821-1881), tendo em vista explorar as relações visíveis a partir das quais é possível amparar a tese de que a filosofia de um e a literatura do outro alumiam-se mutuamente e, mesmo, apresentam um aspecto de complementaridade. Nesse intento de interpretar em que medida o mundo literário dostoievskiano expressa-se em termos schopenhauerianos, as noções de razão, sofrimento e moralidade inscrevem-se numa posição de centro. No conceito e na imagem, recusa-se duplamente o ideal de uma história teleológica, reconduzindo a racionalidade ao encontro da finitude. É o retorno ao problema do sofrimento, que não diz respeito a uma etapa a ser superada dialeticamente pelo progresso político e moral da humanidade, mas à dimensão constitutiva do ser humano. Significa apreciá-lo conforme seus abismos: na irracionalidade de seu querer, no mal instaurado positivamente por seu egoísmo colossal inscrito no seio de uma natureza muda; mas, também, no milagre da bondade que se constitui como ação moral, fundada no sentimento da compaixão a expressar a intuição da gratuidade da dor universal. Proponho a interpretação de que esses autores compõem um campo dialógico que representa uma resposta aos problemas ético-existenciais advindos do otimismo próprio ao racionalismo e ao positivismo cientificista à época. Não se trata, portanto, de afirmar pretensamente uma relação de influência, cuja pressuposição é a existência de um Dostoiévski filósofo que faz de sua literatura o instrumento de realização de uma filosofia oculta devedora da obra de Schopenhauer. O que se pretende é, antes, sinalizar que as imagens produzidas pela prosa madura do escritor moscovita conduzem a conteúdos elaborados conceitualmente pelo autor de O mundo como vontade e representação, iluminando-os não por uma simples e notável coincidência, mas pelo fato de que ambos tomam parte de um mesmo mal-estar. 


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2367419 - JARLEE OLIVEIRA SILVA SALVIANO
Interna - 1506803 - SILVIA FAUSTINO DE ASSIS SAES
Externo à Instituição - REGIANE LORENZETTI COLLARES - UFC
Externo à Instituição - ANDRÉ LUÍS MOTA ITAPARICA - UFRB
Externo à Instituição - EDUARDO RIBEIRO DA FONSECA - PUCPR
Externo à Instituição - VILMAR DEBONA
Notícia cadastrada em: 14/11/2024 14:40
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