Banca de DEFESA: FLÁVIO FERREIRA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FLÁVIO FERREIRA DE SOUZA
DATA : 17/10/2024
HORA: 14:00
LOCAL: PPGF
TÍTULO:

A ética do Discurso na perspectiva da moralidade e solidariedade universal


PALAVRAS-CHAVES:

Habermas; Ética do Discurso; Solidariedade; Universalidade; Dignidade humana. 


PÁGINAS: 102
RESUMO:

A moralidade ocupa universalmente lugar eminente na vida humana e abrange todas as culturas. Entretanto, o modo de vida contemporânea imerso na complexidade global do cientificismo tecnológico, digital e econômico, impacta diretamente às ações e à consciência moral das pessoas. Pois, esses interesses globais, controversamente, provoca uma sociedade individualista, fragmentada e relativista. Assim, percebe-se que o mundo se vê necessitado de uma macroética, que corresponda ao perfil global das atuações humanas. O desafio é reconstruir uma corrente ética normativa e moralmente universal. A pesquisa em questão, expressa pelo título: “A ética do Discurso na perspectiva da moralidade e solidariedade universal” propõe uma investigação conceitual sobre a compreensão de moralidade, eticicidade e solidariedade, em Jürgen Habermas. Fundamenta-se na linguagem, na razão comunicativa e interativa, no Discurso prático, no entendimento mútuo, no acordo racionalmente motivado e na defesa solidaria e abstrata de princípios universais que defendam a inviolabilidade e invulnerabilidade da vida humana. O propósito é mostrar que a ética do Discurso, apesar de ter um caráter formalista, cognitivista, procedimental e universalista, se interessa e defende conteúdos morais universais. A problemática se desenvolve, primeiramente em torno da fundamentação do princípio moral, rompendo a compreensão monológica kantiana e propondo o princípio universal dialógico como forma de orientar o consenso entre os participantes. Segundo, apresenta-se as críticas e desacordos feitos por E. Tugendhat e S. Benhabib à forma como Habermas sistematiza a ética do Discurso, mas sempre defendendo a possibilidade da universalidade moral, seja pela atitude de cooperação e solidariedade, seja pelo respeito universal e razão interativa entre os agentes. Por último, defende-se a identidade dos agentes capazes de se orientar e agir baseados em princípios e solidariedade universal. Dialoga-se com a teoria do desenvolvimento da consciência moral em L. Kohlberg, sobretudo o estágio pós-convencional da moralidade para confirmar que as ciências recontrutivistas, alinhadas a razão comunicativa, muito contribuem com a formação de uma consciência moral capaz de proporcionar aos agentes, pelo acordo racional e solidariedade entre si e pelo gênero humano, interesse e defesa de conteúdos e princípios abstratos e universais que salvaguardam a dignidade humana globalmente. 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2358689 - LEONARDO JORGE DA HORA PEREIRA
Interno - 1083320 - DANIEL TOURINHO PERES
Externa ao Programa - 1813126 - DENISE CRISTINA VITALE RAMOS MENDES - UFBA
Notícia cadastrada em: 15/10/2024 15:30
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