Banca de DEFESA: MANOEL PEREIRA LIMA JUNIOR

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : MANOEL PEREIRA LIMA JUNIOR
DATA : 03/09/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Ambiente virtual RPN
TÍTULO:

A genealogia da injustiça epistêmica estrutural: um problema de injustiça hermenêutica


PALAVRAS-CHAVES:

Injustiça epistêmica; injustiça hermenêutica; genealogia; contratualismo


PÁGINAS: 112
RESUMO:

Esta tese, tem como objeto de estudo o problema da injustiça epistêmica estrutural. Este é um problema de epistemologia social, abordado a partir da ótica do conceito de injustiça hermenêutica desenvolvido por Miranda Fricker. Além disso, tomo a pesquisa genealógica como método de investigação do problema, aqui, investigado. Uma genealogia pode ter características fictícias, factuais, ou ambas coisas. No meu trabalho, adotei a última opção mencionada. Em função dessa escolha metodológica, recorri a pensadores como Nietzsche, Craig, Williams, Fricker e Mills como referências filosóficas importantes no campo da pesquisa genealógica em filosofia. Como esse método pretendo traçar o percurso filosófico que levou ao desaparecimento do sujeito da “injustiça epistêmica”, conduzindo-nos ao que se convencionou chamar de “injustiça estrutural”. Como a “injustiça estrutural” seria uma injustiça sem sujeito, tento identificar quem é o “sujeito” de tal injustiça. Para alcançar a origem de tal sujeito, recorro ao conceito de injustiça hermenêutica, pois, a noção de “injustiça estrutural”, para mim, é uma noção hermeneuticamente vazia, gerando um problema hermenêutico que precisa ser sanado, ou dissolvendo a noção como conceito vazio, ou preenchendo a lacuna conceitual com um termo (sujeito) adequado, de modo que não haveria uma injustiça sem sujeito, sendo, então, possível a responsabilização para o praticamente de “injustiça estrutural”. Por último, mas não menos importante, consegui estabelecer uma relação de proximidade entre o método genealógico e a filosofia analítica, mostrando uma origem do método genealógico anterior a Nietzsche no texto de David Hume do Tratado acerca da natureza humana, onde Hume faz uma genealogia sobre o conceito de “justiça como virtude artificial”. Esse movimento investigativo levou-me também a formular uma crítica à tradição da filosofia contratualista, pois, ao que tudo indica, foi a partir dela que se deu o desaparecimento do sujeito da injustiça epistêmica na Modernidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1082451 - WALDOMIRO JOSE DA SILVA FILHO
Interno - ***.643.505-** - ANDRÉ LUÍS MOTA ITAPARICA - USP
Externo à Instituição - BRENO RICARDO GUIMARÃES SANTOS - UFMT
Externo à Instituição - KLEYSON ROSARIO ASSIS - UFRB
Externa à Instituição - PATRICIA KETZER - UFMA
Notícia cadastrada em: 03/09/2024 14:28
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