PROCESSOS CRIATIVOS ÍGNEOS: UMA ABORDAGEM PELA CORPOREIDADE DO ESPETÁCULO MEMÓRIAS DO FOGO, DO COLETIVO DUO
Processo criativo. Corporeidade. Complexidade. Memórias do
fogo. Coletivo Duo.
Este escrito aborda o processo criativo do espetáculo teatral solo Memórias do fogo (2019), realizado no âmbito do Coletivo Duo. Tendo como campo epistemológico os estudos acerca da Complexidade e a Crítica de processos, busca concatenar as noções de corporeidade, entre e escuta no referido espetáculo. Nesta percepção, apresenta referências iniciais, as etapas criativas, procedimentos e percursos que viabilizaram a obra citada tendo como procedimentos metodológicos um levantamento do estado da arte, entrevistas assistemáticas e revisitação a materiais e arquivos produzidos quando de sua montagem. Ao se tratar de um retorno a um processo criativo já realizado e com culminância espetacular, esta dissertação buscou reacender algumas chamas que enveredassem pela metodologia no intuito de se manter em atritamento com seu espaço-tempo e organizando suas etapas no que passa, aqui, a ser denominado de processo ígneo: preparo de campo, atritamento de materiais, ponto de ignição, propagação e resfriamento. Assim, trata o processo criativo, inclusive esta escrita, como evento singular que, com sua queima, gera sempre resíduos e transformações, propondo assim uma metodologia de errância.