Matintas na ginga do riso: processos artístico-pedagógicos de uma palhaça-bruxa-macumbeira
corpo-máscara-matinta; corpo memória ancestral; mitopoética e imaginário amazônico; processos de criação em comicidade; palhaça-bruxa-macumbeira.
Esta pesquisa de doutorado em Artes Cênicas pretende discorrer sobre processos artístico-pedagógicos e metodológicos no campo da comicidade, a partir da minha atuação como professora de teatro e formadora na linguagem da palhaçaria. O trabalho “Matintas na ginga do riso” parte de entrelaços das mulheres de minha família e o encontro com o cômico ancestral através da figura mítica da Matinta Perera, presente no imaginário amazônico, entre exercícios práticos e técnicos com a comicidade, oralidades, territorialidades e memórias afetivas de um corpo memória ancestral. Com a mitopoética amazônica mergulho em “braços de ri(s)os”, num processo de escrita que é atravessado por elementos poéticos que tecem a escolha de uma criação de tese com poemas, músicas, vídeos, ensaios fotográficos, entre outras linguagens em artes que vão cruzando o meu percurso de artista-pesquisadora, além de um trabalho multissensorial, através de uma cartografia “riso-mática” que deságua em métodos autoetnográficos de uma “bricolagem metodológica” do processo criativo na construção de uma tese-criação. Neste processo encontro o corpo-máscara-matinta, sendo experenciado tanto em sala de treinamento durante as aulas de palhaçaria, como comigo, em processos de criação e experimentações artísticas com o Eu Matinta. Meus caminhos artísticos me levam a minha construção e trajetória como palhaça-formadora, no que venho me autodenominando de “Palhaça-Bruxa-Macumbeira”, buscando compartilhar experiências, vivências e práticas para a contribuição de pensamentos na área da comicidade.