Eu, Elas e Nós: em busca de uma poética artivista
Performance, Ativismo, Política, Poética, Feminismos
Nessa Pesquisa proponho uma análise reflexiva sobre a busca de uma poética artivista para artes cênicas. Analisando três performances de minha autoria e outras performances de artistas entrevistadas, traço um caminho das poéticas PAREYSON (1984) que misturam arte e ativismo, através das artes cênicas. Em primeiro momento faço um panorama sobre movimentos que aconteceram no período de 1970 a 2020 em alguns países da América Latina, Argentina, Brasil, Colômbia e Chile. A partir desses acontecimentos e com base em André Mesquita (2008) trago o conceito sobre Artivismo e suas práticas que se utilizam de elementos artísticos para execução de suas ações performáticas. Disserto sobre questionamentos que se inserem na arte contemporânea, com as difíceis barreiras colocadas entre arte e vida, política e arte. Com o embasamento teórico em Shechner (2006) proponho uma discussão sobre a arte da performance, a partir de trabalhos de artistas entrevistados e da performance que realizei “Elxs” (2017) onde a rua é utilizada como palco para inquietações pessoais que desestabiliza o que já está posto. Finalizo a escrita com a conceituação sobre poética elencando os modos de fazer desses artistas que conseguem e se aproximam do conceito de Artivismo, uma arte coletiva que se insere no espaço público buscando transformações sociais. O objetivo dessa pesquisa é escrever sobre uma poética artivista para artes cênicas. Modos de fazer artísticos que colocam o público como participante da obra criam heterotopias Foucalt (2013) e desestabilizam o status quo.