EMPRESARIADO "REFORMADOR" DA EDUCAÇÃO E O MOVIMENTO PELA REVOGAÇÃO DO NEM: A CONTRARREFORMA DO ENSINO MÉDIO NO CONTEXTO DE DESTRUIÇÃO DAS FORÇAS PRODUTIVAS.
crise do capital, política educacional, resistência ativa propositiva.
A problematica da tese é a resistencia ativa propositiva, no campo da educação, para o enfrentamento às forças que destroem forças produtivas, e o fazem atacando a formação da classe trabalhadora pelo empresariamento da educação. O problema da investigação foi delimitado considerando: a realidade, mediações, contradições das politicas educacionais, especificamente da reforma do ensino médio e do PNE; o contexto de estagnação e destruição das forças produtivas, em especial às que se articulam aos esforços de salvar o capital da crise e as possibilidades e tendencias das organizações que aglutinam as forças progressistas contra o projeto hegemônico de educação escolar tão profundamente marcado pelo pensamento educacional do empresariado. A Justificativa da delimitação da tese é de ordem epistemologica, considerando a necessidade de estudos criticos propositivos; é social, vez que as reformas empresariais trazem consequencias nas relações capital-trabalho; politica, porque estamos em processos de disputas sobre os rumos da educação. O objetivo geral é demonstrar as contradições e possibilidades concretas deste enfrentamento entre as politicas educacionais que estão sendo implementadas e as forças progresistas e defender que a resistencia não se reduz ao enfrentamento no âmbito da educação, mas implica uma resistencia geral da classe trabalhadora organizada tendo como referencia o projeto historico para além do capital. Os objetivos especificos são: analise critica da politica educacional e suas tendencias a partir do atual Governo Lula-Alckmim com enfase na Reforma do Ensino médio e o PNE; sistematização dos dados sobre a conversão das forças produtivas em forças destrutivas; análise critica das contradições das organizações que enfrentam a política educacional empresarial; a defesa da tese sobre as tendecias e a possibilidade histórica de outros rumos para a educação no Brasil, articulada com a luta da classe trabalhadora por outro modo de produção e reprodução da vida. O referencial teórico-metodológico está relacionado a análise da base material da sociedade capitalista, das propostas educacionais da burguesia, da luta de classes e da resistencia ativa propositiva da classe trabalhadora. A hipotese é de que a burguesia brasileira, assim como nos países semi-coloniais, são submissas à burguesia internacional que tem no imperialismo dos EUA a classe dominante mais poderosa no mundo. Nestas condições históricas que foi estruturada no Brasil uma educação escolar que carrega as contradições de um capitalismo que combina fatores de atraso e modernização técnico-produtiva, situação que preserva uma estrutura escolar que não tem garantido acesso ao conhecimento sistemático e elementar. Os dados empiricos levantados em fontes bibliograficas demonstram que as políticas para a educação escolar se articulam aos esforços dos governos salvar o capital da crise. Trata-se da luta de classes que expressam interesses antagonicos que faz surgir movimentos de resistência ativa propositiva, movimentos contra hegemônicos, críticos às políticas contrarreformistas lideradas pelo empresariado.