Banca de DEFESA: FABIO GIORGIO SANTOS AZEVEDO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : FABIO GIORGIO SANTOS AZEVEDO
DATA : 11/07/2024
HORA: 14:30
LOCAL: FACED REMOTO
TÍTULO:

ÓRFÃOS DE ANCESTRALIDADE: UMA TEORIA LOCAL SOBRE SOFRIMENTO PSÍQUICO ENTRE UMA BRANQUITUDE CRÍTICA JOVEM UNIVERSITÁRIA


PALAVRAS-CHAVES:

Palavras-chave: ancestralidade; branquitude crítica; sofrimento psíquico; juventude; universidade.


PÁGINAS: 176
RESUMO:

A despeito das diferentes modalidades e condições de sua aparição, nos últimos anos, o sofrimento psíquico no cotidiano da Educação, e a necessidade de cuidar da “saúde mental” de estudantes, vêm ecoando feito bordão(CARDOSO, 2010), jovem e privilegiada, em um curso de psicologia de uma faculdade particular, compusemos uma teoria local ao redor de suas aflições. Desviando o olhar para longe, concebeu-se o sofrimento não como algo que se reduziria ao “psiquismo”, e sim como um “trauma do esquecimento” (BRASILEIRO, 2022), quase-causa de um “desvio existencial” (SIMAS; RUFINO, 2019) impetrado pelo colonialismo. Nesse sentido, para abordar o sofrimento das/os estudantes, a noção de “saúde mental” e “sofrimento psíquico” foram vergadas ao encontro de outras cosmologias e concepções de “humanidade”. Permanecendo em uma zona epistemológica liminar, pusemos alguns elementos expressos em cosmologias afro-diaspóricas, e cerzidos pela lógica da ancestralidade como princípio organizador (OLIVEIRA, 2021), em contraste com a desencantada cosmovisão ocidental, para pôr em perspectiva os valores que subjetivam as experiências da jovem branquitude crítica em tela. Fiado em experiência própria, e nos rastros-cicatrizes deixados no correr do tempo, a pesquisa enlaçou memórias do pesquisador quando jovem estudante, e do agora professor, mesclando tempos e acontecimentos deslocados e condensados. As inspirações para o modo de proceder com a pesquisa, certamente traídas pelas inflexões operadas sob pertinência, foram variadas, ao modo de uma “bricolagem metodológica” (MACEDO, 2016): autoetnografia (SANTOS, 2017), etnobiografia, etnoficção (GONÇALVES; MARQUES; CARDOSO, 2012), autoficção (KLINGER, 2012; NORONHA, 2014), pesquisa acontecimental (MACEDO, 2016), conversa (RIBEIRO; SOUZA; SAMPAIO, 2018), pensamento liminar (BARRENTO, 2012). Para compor a estilística do texto, foram encorajadoras as autoras: Glória Anzaldúa (2000), bell hooks (2019) e Grada Kilomba (2019). Para acudir o sofrimento provocado pela ocidentalização desencantadora da vida, cultivar a espiritualidade ao modo de ativar uma ancestralidade expandida. Rebobinar em si os próprios valores, perscrutar sua constituição sensível, procedendo a uma espécie de autoanálise “cultural” de si, a contrapelo das histórias oficiais. Cismar com os elementos históricos que constituíram e constituem nossa sensibilidade e conhecer trajetórias que nos antecederam, e refazer, ou inventar, elos perdidos. Compor a si um laço com a Terra, desbordando o humanismo ocidental, ampliando o foco, ou desfocando o cogito, ergo sum rumo ao seio da Terra, aos entes não-humanos e extra-humanos. Alastrar, universo afora, nossa capacidade de identificação e pertencimento. Imantar a ambiência universitária com um “clima” propício ao refazimento dos laços esgarçados pelo desencanto. Ciência e poesia reatadas em seus elos rompidos, constituindo um regime poético. A sensibilidade a preceder a epistemologia. Um regime poético na academia como assunção do entrelaçamento entre vida e conhecimento, como atenção privilegiada à relação como substrato e componente decisivo de uma utopia-mundo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2198885 - ROBERTO SIDNEI ALVES MACEDO
Interna - 4349430 - DENISE MOURA DE JESUS GUERRA
Externo ao Programa - 6286706 - WILSON ALVES SENNE - UFBAExterna à Instituição - SILVIA MICHELE MACEDO - UFRB
Externa à Instituição - JAILEILA MENESES - UFPE
Externa à Instituição - VLADIA JAMILE DOS SANTOS JUCA - UFC
Notícia cadastrada em: 03/07/2024 15:10
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