Essa pesquisa congregou muitas proposições, dentre elas, anunciar as práticas pedagógicas, protagonizando narrativas docentes a partir dos cruzos e possibilidades no ensino superior. Se constituiu como problemática investigar - De que forma os corpos docentes potencializam experiências corporais e memórias no ensino das relações étnico-raciais? Se colocou como objetivo geral analisar como as vivências e experiências formativas contribuíram para a construção das identidades docentes. E nos específicos - Identificar quais os saberes e pontes potencializaram suas práticas de educação decolonial e afrocentrada. E então, anunciar como os saberes e experiencias formativas desses docentes configuram possiblidades de docência na educação das relações étnico-raciais. A pesquisa se desdobrou por uma abordagem qualitativa mediada por elementos da metodologia da pesquisa narrativa, tendo como marcadores de análise de dados os cruzos e possibilidades anunciadas pelas narrativas dos docentes participantes. Os dispositivos de compreensão utilizados para produção de dados foram à revisão de literatura, pesquisa documental, análise das teses produzidas pelos docentes participantes, e análises marcadas por princípios da história oral (entrevistas narrativas via áudio). Sobre os sujeitos, são docentes universitários, oriundos do PPGE UFBA- FACED-GRUPO HCEL, atuantes no componente curricular Educação das relações étnico-raciais. Nesse fazer, realizamos um diálogo epistemológico entre a decolonialidade e afrocentricidade, pois estas se colocam como possibilidade em desconstruir a perspectiva cartesiana de pesquisa. Como resultado evidenciamos que nossas escolhas e práticas da docência, revelam as encruzilhadas de nossas identidades, experiências e afetos, o que contribui para uma educação decolonial e afrocentrada no ensino superior. Assim, afirmo que para uma educação das relações étnico raciais possível, se faz necessário um Orí-docente comprometido com os caminhos de combate ao racismo e seus pactos na educação.