BIOMARCADORES ASSOCIADOS Á FRAGILIDADE EM PESSOAS IDOSAS ASSISTIDAS AMBULATORIALMENTE EM UM SERVIÇO PÚBLICO NO NORDESTE DO BRASIL
Fragilidade, 25-hidroxi-vitamina D, Hemoglobina, Leucócitos, Proteína C Reativa.
Introdução: As alterações fisiopatológicas que ocorrem durante o processo de envelhecimento, estão estreitamente relacionadas à síndrome da fragilidade. Os biomarcadores de 25-hidroxi-vitamina D, hemoglobina, leucócitos e proteína C reativa (PCR) têm sido amplamente estudados na busca por associações aos componentes fisiopatológicos da fragilidade. Objetivo: Avaliar potencial associação entre biomarcadores e fragilidade em pessoas idosas assistidas ambulatorialmente. Método: Estudo transversal e observacional, realizado pelo Centro de estudo e Intervenção na Àrea do Envelhecimento (CEIAE) da Escola de Nutrição da UFBA, com pessoas idosas atendidas ambulatorialmente, de ambos os sexos. Foram avaliados os biomarcadores: 25-hidroxi-vitamina D, hemoglobina, leucócitos e proteína C reativa. A fragilidade foi avaliada a partir dos cinco critérios propostos por Fried; perda de peso involuntária, exaustão, fraqueza, redução da velocidade de marcha e baixo nível de atividade física. Resultados: Entre os 105 participantes analisados, 21% foram classificados como frágeis e 56,2% como pré-frágeis. Entre aqueles com níveis reduzidos de vitamina D e hemoglobina (T1), as taxas de fragilidade foram de 14,3% e 27,8%, respectivamente. No que diz respeito aos marcadores inflamatórios, porcentagens elevadas de leucócitos e PCR (T3) foram observadas em 23,5% e 11,4% dos idosos frágeis, respectivamente. Houve uma associação estatisticamente significativa entre os níveis de hemoglobina e a fragilidade (OR: 8,1; IC 95%: 1,6 – 40,7). Conclusão: Entre os biomarcadores, os baixos níveis de hemoglobina foram associados a fragilidade, o que reforça sua utilidade como marcador sensível e acessível para a detecção precoce de fatores de risco.