Associação entre composição corporal, parâmetros nutricionais e fadiga em pessoas com Doença Inflamatória Intestinal
Doenças inflamatórias intestinais; Retocolite Ulcerativa; Doença de Crohn Fadiga; Nutrição; Composição corporal
A fadiga é um dos principais problemas relatados por pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), mas sua compreensão ainda é limitada. Alguns estudos indicam uma possível relação com a composição corporal, incluindo a diminuição da massa muscular e, em outros casos, com o aumento do tecido adiposo. Objetivo: Avaliar a associação entre composição corporal, parâmetros nutricionais e fadiga em pessoas com Doença Inflamatória Intestinal. Método: Estudo transversal, realizado em um ambulatório de referência em DII. Foram incluídos indivíduos acima de 18 anos, com DII, entre março de 2023 e junho de 2024. Para a coleta de dados foram considerados dados clínicos e sociodemográficos. A avaliação da composição corporal foi determinada por dados da bioimpedância. Para avaliar a fadiga, foi utilizado o instrumento Inflammatory Bowel Disease – Fatigue. Resultados: foram incluídos 106 pacientes, com idade mediana (IQ) de 42,0 (27,0 – 50,0) anos. A maioria era do sexo feminino (54,7%), pessoas de pele preta (77,4%), assalariadas (82,1%), não casada (64,1%) e com diagnóstico de RCU (51,9%), visto que, os pacientes com DC diagnosticados entre os 17 a 40 anos (64,7%) parecem ter associação com a fadiga (p < 0,05). A prevalência de fadiga nesta população foi alta, atingindo 83,0%. Embora 62,3% dos pacientes não apresentassem excesso de peso de acordo com o IMC, 85,5% tinham excesso de gordura corporal conforme a BIA. Mais da metade dos pacientes apresentou quantidade adequada de massa magra (80,2%) e força muscular (65,1%). Cerca de 11,3% apresentaram sarcopenia e 47,2% mostraram ângulo de fase reduzido. Não houve associação estatística entre a fadiga e composição corporal (p > 0,05). Conclusão: A prevalência de fadiga foi elevada em pacientes com DII e mais frequente em pessoas com RCU e DC diagnosticada entre os 17 a 40 anos, mas sem associação com a composição corporal. Porém, a fadiga está associada a pacientes assalariados, podendo ter relação com pessoas que trabalham