Banca de DEFESA: BARBARA SUELI GOMES MOREIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : BARBARA SUELI GOMES MOREIRA
DATA : 04/11/2025
HORA: 14:30
LOCAL: ONLINE
TÍTULO:

COMPORTAMENTO EPIDEMIOLÓGICO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS NO BRASIL ENTRE 2020 A 2022

PALAVRAS-CHAVES:

Mortalidade; Hospitalização; COVID-19; SRAG; DPOC; Asma; Epidemiologia.

PÁGINAS: 152
RESUMO:

A pandemia da COVID-19 influenciou o perfil epidemiológico das doenças respiratórias no Brasil, afetando de forma distinta condições agudas e crônicas. Objetivo Geral: Analisar a mortalidade e a hospitalização por Asma, DPOC, SRAG e COVID-19 no Brasil entre 2020 e 2022. Metodologia: Estudo ecológico, de base populacional, com dados obtidos do SIM e SIH/DATASUS, OpenDataSUS e Painel Coronavírus. As taxas específicas foram calculadas por doença, ano, região, sexo e idade. O teste NP Trend foi utilizado para analisar as variações temporais (p≤0,05). Resultados: Entre 2020 e 2022, a mortalidade específica por asma aumentou em todas as macrorregiões, passando de 0,1401 para 0,2357 óbitos/100 mil habitantes no Brasil (p<0,05). As maiores taxas ocorreram no Nordeste (2020), Norte (2021) e Sul (2022). A mortalidade por DPOC manteve-se estável em 2020 e 2021, mas quase dobrou em 2022 (p=0,005), o Sul, triplicou à média nacional. Para SRAG, pico em 2020, redução em 2021 e pico em 2022 (p<0,001). Apenas Norte e Nordeste apresentaram redução significativa. A mortalidade por COVID-19 teve pico em 2021, com redução significante em 2022 (p<0,001), especialmente nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte. O Sul manteve a maior taxa em 2022. Entre os homens, SRAG e COVID-19 apresentaram maiores variações e redução em 2022; DPOC teve crescimento moderado (p=0,036) e a asma permaneceu estável (p=0,307). Entre as mulheres, SRAG e COVID-19 também tiveram queda em 2022, enquanto DPOC (p=0,006) e asma (p=0,020) cresceram de forma mais discreta. Por faixa etária, a mortalidade por SRAG reduziu em quase todos os grupos, exceto de 10–14 anos. Taxas maiores acima de 60 anos, com picos em 2020 e 2021. A mortalidade por DPOC aumentou a partir dos 60 anos, e por asma variou em todas as faixas, maiores em idosos. Para COVID-19, houve redução, maiores taxas nos idosos e menores nas crianças. As hospitalizações por asma e DPOC aumentaram em todas as regiões, maiores no Sul. Em contrapartida, SRAG e COVID-19 apresentaram redução significante, especialmente em 2022. A taxa média de hospitalização por COVID-19 no Brasil subiu de 2020 para 2021 e caiu em 2022 (p=0,000), com comportamento semelhante em todas as regiões, exceto o Sul. A hospitalização por SRAG pouco variou 2020 e 2022 (p=0,000). Elevação para DPOC (p=0,001), o Sul com maiores taxas e Norte as menores (p=0,004). Aumento na asma de 22,73 para 40,75, sem significância estatística. Regionalmente, o Sul liderou em 2022. Por sexo, a COVID-19 e SRAG tiveram comportamento semelhante nos dois grupos. DPOC e asma aumentaram em ambos os sexos. Por faixa etária, DPOC e asma cresceram entre crianças pequenas e idosos, com significância estatística, e SRAG e COVID-19 reduziram na maioria dos grupos. Conclusão: A mortalidade por asma e DPOC aumentou significantemente no Brasil, principalmente em idosos e nas regiões Nordeste, Norte e Sul. A mortalidade por SRAG e COVID-19 teve picos em 2020 e 2021. As hospitalizações por asma e DPOC também cresceram, enquanto as de SRAG e COVID-19 diminuíram. Houve variações por sexo e faixa etária, com maiores variações em crianças pequenas e idosos. Esses resultados indicam a necessidade de políticas regionais e ações sanitárias específicas para prevenção de crises das doenças respiratórias crônicas.

MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2730144 - ANA CARLA CARVALHO COELHO - nullExterna à Instituição - ANDREIA GUEDES OLIVA FERNANDES
Externa à Instituição - CAROLINA BARBOSA SOUZA SANTOS
Externa ao Programa - 2466725 - ELIEUSA PEREIRA E SILVA - nullPresidente - 1349541 - FERNANDA CARNEIRO MUSSI
Externo à Instituição - Jones Sidnei Barbosa de Oliveira
Interno - 1129730 - RAFAEL LIMA RODRIGUES DE CARVALHO