Banca de DEFESA: JULIANA SERAFIM GONÇALVES ROCHA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : JULIANA SERAFIM GONÇALVES ROCHA
DATA : 16/09/2025
HORA: 10:00
LOCAL: Online, pelo ZOOM
TÍTULO:

A invisibilização da violência contra as profissionais do sexo em Salvador/BA


PALAVRAS-CHAVES:

prostituição; gênero; violência contra a mulher; baixo meretrício; Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.

 

 


PÁGINAS: 96
RESUMO:

As profissionais do sexo possuem um ofício invisibilizado e ostracizado pela sociedade, estando essa invisibilização atrelada à falta de apoio por parte das instituições públicas, em casos de violência contra a mulher. Em vista disso, a presente dissertação propõe-se a investigar a invisibilização que essas trabalhadoras enfrentam em casos violência contra a mulher em Salvador/BA, levando em conta os principais fatores de vulnerabilidade a que são submetidas em relação às diversas formas de violência, como por questões de raça, classe social e gênero, numa perspectiva interseccional. Ademais, será discutida a dinâmica entre a Academia e a Associação de Profissionais do Sexo da Bahia (APROSBA), a questão do lugar de fala e o atrito entre pesquisadores e colaboradores. Também se questionará a condição de trabalho destas mulheres, mensurando o impacto da pandemia de COVID-19 em seu sustento, para além das diversas fontes externas de repressão, como a violência executada pelas forças de ordem. A pesquisa realizou-se através de entrevistas com nove profissionais do sexo cis e transgênero feitas nos anos de 2023 e 2024. A análise de dados deu-se através da abordagem qualitativa e posterior análise de conteúdo (BARDIN). O estudo identificou que, embora as entrevistadas sejam reticentes em procurar instituições públicas para denunciar casos de violência, elas são unânimes na afirmação de que esta última é uma constante em sua profissão. Revelou-se que não há um esforço do Estado para abordar e inserir estas profissionais na sociedade, em culminação de um percurso histórico vitimizador e ostracizante. A profissional do sexo, por seu ofício, permanece invisibilizada no convívio e na concretização de seus direitos fundamentais. Estudos posteriores fazem-se necessários para melhorias nas políticas públicas de enfrentamento à violência contra a mulher, enfatizando que os tipos de violência que as profissionais do sexo enfrentam possuem especificidades relacionadas ao trabalho sexual.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2016004 - MARIANA THORSTENSEN POSSAS
Interna - 2942693 - MAIRA KUBIK TAVEIRA MANO
Externa à Instituição - SIMONE SCHUCK DA SILVA
Notícia cadastrada em: 05/09/2025 20:46
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