Banca de DEFESA: CAMILA TAIRINE DE JESUS VIVAS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : CAMILA TAIRINE DE JESUS VIVAS
DATA : 13/10/2025
HORA: 08:30
LOCAL: Sala 308 do Pavilhão de Aulas do Canela
TÍTULO:

Considerações sobre a posição do clínico de linguagem no atendimento de um jovem com diagnóstico de autismo.


PALAVRAS-CHAVES:

Autismo; Terapia da Linguagem; Clínica de Linguagem


PÁGINAS: 32
RESUMO:

Introdução: Ao longo dos últimos anos, inúmeras pesquisas na área da saúde têm colocado o autismo no centro de suas investigações. As discussões sobre o tema levantam controvérsias no que diz respeito ao diagnóstico e tratamento. Há, no entanto, unanimidade quanto ao reconhecimento de dificuldades no campo da linguagem, o que faz surgir uma demanda de tratamento clínico para queixas relacionadas a atrasos na fala, dificuldades de compreensão e no estabelecimento da interação por meio do diálogo. Objetivo: Seguindo a trilha do compromisso da Clínica de Linguagem com o falante e com a imprevisibilidade que permeia as falas sintomáticas, o propósito desta dissertação é refletir sobre a posição do clínico de linguagem frente aos desafios e impasses colocados pelo atendimento de um jovem autista. Método: O relato do atendimento de P. – um menino de 11 anos, com diagnóstico de autismo – é apresentado para encaminhar a pretendida reflexão. Trata-se de um trabalho de abordagem qualitativa e retrospectiva, com uso de dados secundários e adoção do estudo de caso como estratégia metodológica para produção dos dados. Resultados: A problematização desse atendimento revelou que o modo de relação de crianças e jovens com diagnóstico de autismo com a linguagem e com o outro implica para o clínico de linguagem uma posição distinta daquela usualmente ocupada diante de outros falantes com falas sintomáticas. Questões fundamentais para a Clínica de Linguagem foram colocadas a partir do relato empreendido: como abordar a forte resistência de jovens e crianças como P., autistas com dificuldades expressivas no laço social? Como ressignificar a problemática da interpretação, eixo central da Clínica de Linguagem, que carreia o desejo de fazer falar – uma direção que se mostra inviável em tais jovens e crianças? Conclusão: Conclui-se que o acolhimento de sujeitos com diagnóstico de autismos na Clínica de Linguagem pressiona por um raciocínio que inclua considerações sobre a estruturação subjetiva, o que conduz a uma incontornável aproximação à teorização psicanalítica, sem, contudo, obscurecer as diferenças que constituem esses espaços clínicos distintos. Finalmente, assegura-se que a Clínica de Linguagem, pela sua posição teórica frente à função da linguagem na constituição do sujeito, ao ser atravessada por noções de captura e corpo pulsional, se configura como espaço de acolhimento da singularidade das falas sintomáticas no autismo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2053266 - MELISSA CATRINI DA SILVA
Externa ao Programa - 1560720 - SUELY AIRES PONTES - UFBAExterna à Instituição - LOURDES MARIA DE ANDRADE PEREIRA - PUC - SP
Externa à Instituição - MARIA FRANCISCA DE ANDRADE FERREIRA LIER-DEVITTO - PUC - SP
Notícia cadastrada em: 03/10/2025 10:51
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